[REPORTAGEM]: Bracara Extreme Fest (1º Dia) | Braga | 9 Dezembro 2011



Foi no passado fim-de-semana de 9 e 10 de Dezembro que se realizou mais um Bracara Extreme Fest. Desta feita, contou-se com a organização de variadas bandas divididas entre dois palcos. O espaço contava com comes e bebes ao lado da entrada do palco (-) e bancas de merchandise entre o acesso às duas salas, onde outrora foram acolhidos grandes clássicos de cinema. Entre os nomes que lá passaram este fim-de-semana, podemos destacar Deskarga Etílica, Holocausto Canibal, Napalm Death, Process of Guilt, Enslaved e Decapitated.

O primeiro dia de festival começou com atraso de uma hora devido ao súbdito cancelamento de Altar of Plagues que subiriam ao palco (-) por volta das 23:15. Apesar da desistência dos irlandeses e dos pequenos ajustes no alinhamento de bandas, o festival arrancou com a força que os amantes de metal já estão habituados.

A primeira subida ao palco foi feita pelos “nuestros hermanos” Trocotombix que, apesar do frio que se sentia fora do BragaShopping, conseguiram aquecer a sala com apenas uns minutos de actuação. Antes mesmo das primeiras notas ecoarem no ar, já se sentia a presença calorosa da banda. Após a actuação da banda de Valência, ficou claro que não é só uma península que temos em comum com Espanha. O camaradismo entre portugueses e espanhóis foi demonstrado pelo à-vontade com que a banda do vocalista Guillermo Martínez tocou em palco tão lusitano.

Após uma pequena pausa para descanso, por volta das 21:50, a segunda subida ao palco foi feita também por espanhóis. Os Aathma, que contaram com velas e incensos no palco, fizeram parecer que é fácil tocar numa banda do género stoner metal/ rock, doom metal. A vinda dos madrilenos marcou a noite com “Oaks” ou mesmo “A Thousand Nails”.

Após as actuações das bandas espanholas convidadas para o primeiro dia, é chegada a altura de entrada no palco de uma tão querida banda nacional. Os Deskarga Etílica, subiram ao palco por volta das 22:35. Não apenas por serem uma banda nacional, foi com os Deskarga Etílica que se deram lugar aos primeiros mosh pits. A performance da banda punk/thrash de Figueira da Fossa, Porto, fez valer a assitência da sua actuação. Não só bons músicos mas os Deskarga Etílica foram comunicadores e entertainers sem igual.

Dificil de superar o concerto que animou instantes antes, foi a vez da banda de Frederyk Rotter subir ao palco. Ainda assim os Zatokrev conseguiram não decepcionar os presentes que se deslocaram de toda a parte da península. Com quase dez anos de formação, os suíssos Zatokrev presentearam o público do palco (-) com o seu estilo tão doom/death metal.

Ainda com o espírito e feeling da primeira banda nacional, é chegada a vez de subir ao palco mais um nome tão conhecido neste cantinho à beira mar plantado. Assim que se ouviram os primeiros acordes de “Fornicada pelo Bisturi” dos Holocausto Canibal no palco (+), é que se sentiu que não é necessário cantar só em língua universal. A banda que possívelmente contou com a setlist mais longa não se fez de rogada. Os amantes de Holocausto Canibal poderam contar com “Prepúcio Obliterado”, “Sangue”, “Infecção Morta”, “Fetofilia – Incesto Sodomia Fetal”, “Cadavérica Ejaculação Espasmódica”, “Lactofilia Destalhada”, “Porno Hardgore”, “Vulva Rasgada”, entre outros temas tão conhecidos. Escusado será dizer que a performance de Holocausto Canibal correspondeu ao que o público aguardava.

Oriundos de Asheville, North Carolina, senhores do death/doom melódico metal, formados em 1996, os Daylight Dies encerraram o palco (-). Pela primeira vez em Portugal os americanos surpreenderam os presentes com entusiasmo e atitude.

É por volta da uma e meia da manhã que entra em palco a tão esperada banda inglesa. Os fundadores do grindcore Napalm Death, sobem ao palco e o público entra em êxtase. Os cabeça de cartaz do dia, só não tiveram a performance perfeita devido a um pequeno problema técnico com a bateria. Porém, nem mesmo este pequeno incidente parou Mark “Barney” Greenway e os seus companheiros. Contaram com músicas de álbuns mais antigos, mas lançaram já um gostinho de músicas mais recentes. A banda inglesa que já conta com três décadas de existência, pareceu satisfazer a ansiedade do público mais novo ao mais maduro. Foram tocadas músicas como “Scum”, “When All is Set and Done” e “Retreat to Nowhere”.
Apesar do seu longo percurso, é garantido dizer que Napalm Death está pronto para o que der e vier. A sua energia contagiante mostra que ainda vai ser possível marcar mais algumas gerações.

A noite foi ainda animada pelos Dj’s de serviço, José Rodrigues e Ricardo Amorim.

Alinhamento 9 Dezembro
(+) Trocotombix |Spain| - 21:15
(-) Aathma |Spain| - 21:50
(+) Deskarga Etílica |Portugal| - 22:35
(-) Zatokrev |Switzerland| - 23:15
(+) Holocausto Canibal |Portugal| - 00:00
(-) Daylight Dies |USA| - 00:40
(+) Napalm Death |UK| - 01:30

REPORTAGEM BRACARA EXTREME FEST 2011:
1º Dia (9 Dezembro 2011)
2º Dia (10 Dezembro 2011)




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Fotos: João Cavaco
Texto: Maria João
Agradecimentos: SWR inc.
Local: Centro Cultural Braga Viva, Braga
Data: 9 Dezembro 2011 (1º dia do festival)


1 comentários:

Anónimo disse...

Grande reportagem!

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