[REPORTAGEM]: Bracara Extreme Fest (2º Dia) | Braga | 10 Dezembro 2011




Além das portas terem aberto mais cedo e com a presença de mais bandas no cartaz, dia 10 de Dezembro ficou marcado por mais presenças por parte do público. Foi um nonstop de movimentação de um palco para o outro. Tal como no dia anterior, a primeira banda, a dar as boas vindas aos amantes de metal presentes no dia 10 de Dezembro, foi uma banda espanhola. Foi possível ouvir entre os temas escolhidos pelos espanhóis Adrift, “Scarthunder” e “Black Heart Bleeds Black”. Mais uma vez ficou provado que os espanhóis também percebem de música pesada para além do flamenco.

Sem tempo para demoras, às 19:35 os canadiano Archspire arrancaram com “Fathom”. Foi bem aceite a setlist dos canadianos que vieram promover o seu primeiro álbum. Formados em 2010 na região de Vancouver, a banda do vocalista Oli Peters (ex- Enchanted Faeries) tocou seis das sete músicas que compõem o álbum «All Shall Align». As músicas foram fluindo e seguindo-se com uma energia incomparável. “Ascendance of the Summoning” foi a segunda música escolhida seguindo-se “Ancient of Ancients”, “Archspire”, “Rapid Elemental Dissolve” e “Deathless Ringing”. Ficou apenas por revelar a performance do som que dá origem ao título do primeiro álbum da banda.

É com Process of Guilt que o cartaz do dia conta com a participação de uma banda nacional. Para os amantes da banda, foi possível apreciar “Corrosion”, “Harvest”, “Lava” ou até mesmo “Blindfold”. Apesar de serem uma banda nacional a banda de Custódio Rato não transmitiu grande entusiasmo. Talvez por a maioria do público presente naquele momento ser espanhola, a falta de contacto com o público deixou alguma desilusão aos portugueses que se encontravam no recinto.

Contámos com a presença dos Cyanide Serenity no palco (+), também uma estreia por palcos nacionais. Apresentaram temas com “The Weed Smokers” e “Consume”. Para além da fantástica agilidade com que se encontravam no palco, Cyanide Serenity mereceu sem dúvida uma paragem para assistir à actuação. Não só se passou um bom momento a ouvir deathcore como a simpatia e alegria fizeram desta actuação uma das melhores surpresas da noite. Sem dúvida uma experiência a repetir na próxima vinda deles a terras lusas.

Um momento mais calmo veio depois. Representando o Chile foi tempo de se apreciar Mar de Grises.
Os chilenos não conseguiram conquistar o público que a tão tenras horas já se encontrava em altas. Ainda assim houve quem tivesse aproveitado para descansar um pouco do som tão pesado que reinou em Braga nas últimas 24 horas. Não só o estilo mais calmo deles como a falta de garra no palco provocou pouco entusiasmo apesar do seu esforço.

É tempo de se voltar a ter energia para receber Fleshgod Apocalypse. Vestidos de forma peculiar, a banda vinda de Roma surpreendeu alguns dos presentes com uma performance melhorada. Surpreenderam o público pela positiva e “In Honour of Reason” e “The Hypocrisy” foram alguns dos temas da banda que já conta com quatro anos de existência.

A entrada em palco de Skepticism foi marcada pela presença de exagerado fumo. Apesar de vestidos a rigor mas não para um concerto de metal, o som mais parado dos Skepticism não conseguiu levar a uma enchente da sala. Talvez também pela quantidade de fumo que inundou o palco, de tal forma que era impossível vislumbrar qualquer silhueta da bateria, a sala (-) teve um momento de descanso com as penúltimas presenças.

Ainda assim a energia do público parecia não diminuir. É vez de ver Aborted em palco. Estes senhores sabiam o que realmente o público estava ali a fazer. Não só a banda de Sven “Svencho” de Caluwé mostrou como se recupera a forma do concerto anterior como, também, mostrou como se consegue ser fiel ao ambiente de um concerto de death metal. Além do habitual mosh pit que é marca do estilo, foi possível experimentar, para quem nunca tinha experimentado, ou relembrar os momentos de uma “wall of death”. Sem dúvida que os presentes “abanaram” o Bragashopping com o peso que se sentiu perto da meia-noite.

À medida que se aproximava o final do festival, o público vibrava mais. Foi com os noruegueses Enslaved que a sala (-) se compôs como nunca antes esteve. A banda que moveu tantos fãs para uma tão antiga cidade como esta nossa Bracara Augusta, contou com um alinhamento musical onde se pode degustar sons como os que compõem “Axioma”, “Raidho”, “Fusion of Sense and Earth”, “Ruun”, “Ground” e “Giants”. Apesar da magnífica performance e da simpatia que nos ofereceram no decorrer da actuação, todos os participantes tiveram como pequeno agradecimento a interpretação de uma cover de Led Zepplin: “Immigrant Song”. A banda que conta com Grutle Kjellson nos vocais e baixo, Herbrand Larsen nos vocais e teclas, Arve “Ice Dale” Isdal na guitarra, Cato Bekkevold na bateria e Ivar Bjornson na guitarra e teclas, escolheu “Allfadr Odinn” para finalizar a sua actuação em palco.

E eis que chega o tão aguardado momento. É com a subida ao palco dos polacos Decapitated que se mostrou afinal do que é feito um festival de metal. A set list escolhida pela banda de Rafal Piotrowski foi: “Carnival is Forever”, “Post Organic”, “Mother War”, “In Houston Elevator”, “Winds of Creation” e “Spheres of Madness”. O vocalista da banda polaca presenteou ainda os presentes com uma descida do palco. O concerto que encerrou mais uma edição do Bracara Extreme Fest foi o momento alto do festival.

A noite contou ainda com a presença dos Dj’s Emanuel Ferreira e Filipe Marta para animarem os animos dos fanáticos do metal.

Alinhamento 10 Dezembro
(-) Adrift |Spain| - 19:00
(+) Archspire |Canada| - 19:35
(-) Process of Guilt |Portugal| - 20:10
(+) Cyanide Serenity |UK| - 20:55
(-) Mar de Grises |Chile| - 21:30
(+) Fleshgod Apocalypse |Italy| - 22:15
(-) Skepticism |Finland| - 22:55
(+) Aborted |Belgium| - 23:40
(-) Enslaved |Norway| - 00:30
(+) Decapitated |Poland| - 01:35


REPORTAGEM BRACARA EXTREME FEST 2011:
1º Dia (9 Dezembro 2011)
2º Dia (10 Dezembro 2011)




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Fotos: João Cavaco
Texto: Maria João
Agradecimentos: SWR inc.
Local: Centro Cultural Braga Viva, Braga
Data: 10 Dezembro 2011 (2º dia do festival)

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