[REPORTAGEM]: Optimus Alive (2º Dia) | Passeio Marítimo de Algés | 7 Julho 2011



Esperava-se menos audiência neste segundo dia de Optimus Alive, no entanto o recinto começou a encher mais rapidamente que no primeiro dia.
Eram perto das 18h quando os Everything Everything subiram ao Palco Super Bock para se estrearem por terras lusitanas e já se encontrava um recinto bem composto, com pessoas bem animadas e de copo na mão.
”Somos os Everything Everything e vimos de Inglaterra”, foi assim que a banda se apresentou ao público depois de ter tocado o primeiro tema Qwerty Finger.
Uma apresentação algo morna, onde o quarteto nos apresentou temas do seu primeiro e único álbum Man Alive, tais como Suffragette Suffragette, MY KZ, UR BF, Schoolin e Photoshop Handsome.

Poucos minutos depois no Palco Optimus subiam os Jimmy Eat World que abriam as hostes a um palco que nos trazia neste dia nomes bem mais pesados que os do primeiro dia do festival.
A banda de Jim Adkins, Tom Linton, Rick Burch e Zach Lind, conta já com sete álbuns editados, mas trouxe a Portugal a apresentação do seu mais recente trabalho Invented não descurando de temas mais antigos e bem mais conhecidos pelo público. Público esse, que se fez sentir em grande na abertura deste palco, ao contrário do que aconteceu ontem, onde as pessoas aproveitaram o início da tarde para conhecer o recinto e as suas diversões.
A banda abriu o concerto ao som de Bleed American do quarto álbum com o mesmo nome. Seguiram-se temas como Praise Chorus, My Best Theory e Coffee and Cigarettes do mais recente trabalho discográfico.
The Middle deu fim a um concerto bastante aplaudido pelo público, principalmente daquela camada jovem que se encontrava nas primeiras filas.

Um passinho até ao Palco Optimus para assistirmos ao concerto de Seasick Steve. Apesar da sua tenra idade (70 anos) é a primeira vez que passa por Portugal.
Acompanhado pelo guitarrista Dan Magnusson, deu um ‘show’ para uma plateia bastante bem composta que dançou, sorriu e curtiu o concerto deste grande da música country/soul.
Em Walkin' Man, Seasick ‘pesca’ do publico uma fã (que se não era, depois daquele momento passou a ser), dando-lhe o nome de Ocean e cantando-lhe este tema em versão acústica.
Um verdadeiro engenhosas das guitarras, vimos várias durante a sua actuação, tendo mesmo saído da sua cadeira para nos explicar que aquele instrumento era um pedaço de madeira, com cordas e até mesmo com uns efeitos de natal (só para a decorar).

Quem ainda não estava junto do palco principal, assim que começou a ouvir os primeiros acordes de My Chemical Romance foi a correr para não perder pitada deste concerto. Eles que não vêm a Portugal desde 2007 onde actuaram no Coliseu de Lisboa, fizeram muitos dos seus fãs esperar por este dia.
Ao som de Na Na Na esta banda de punk-rock (virada também para o pop) conseguiu juntar uma boa multidão em frente ao palco, dizendo que estava um ”Fucking good day” para actuarem.
”Estão prontos para Foo Fighters?” é uma boa maneira de cativar aqueles que não estavam ali por eles, mas que não deixaram de se manifestar depois desta pergunta.
De cabelo vermelho Gerard Way, apresentou-se com bastante energia e com um vocabulário um tanto ou quanto agressivo. Muitas foram as asneiras ditas por Gerard, mas é algo que o público está habituado e reage sempre com palmas e gritos de alegria.
Depois de ”vamos falar de dinheiro” cantaram o tema Vampire Money seguindo-se de Planetary (GO!) do quarto e último álbum Danger Days: The True Lives of the Fabulous Killjoys. A despedida foi ao som de Famous Last Words, para pena dos fãs, principalmente femininos que se encontravam no Passeio Marítimo de Algés para os ver.

Seguiram-se os tão esperados Xutos & Pontapés. Quem se encontrava pelo recinto e tivesse bom olho, poderia ver que andavam por aí a circular bastantes camisolas com o famoso ”X”. A espectativa era muita para ver Zé Pedro, que recentemente foi submetido a uma operação cirúrgica.
E foi ele que subiu ao palco em primeiro lugar, sozinho, para agradecer o apoio e carinho de todos os fãs e familiares. Confessou que estava com saudades e que era óptimo ser recebido por todos os seus fãs. Se não deitou uma lágrima, para lá caminhava, pois o seu discurso foi bastante emotivo.
De seguida apresentou todos os elementos da banda, que diga-se de passagem, dispensam apresentações. Os Xutos & Pontapés são uma das bandas portuguesas mais acarinhadas por todo o público, e ninguém fica indiferente a um concerto destes poderosos do rock português.
No entanto, para quem não os vê pela primeira vez, a banda não trouxe nada de novo a este segundo dia de Optimus Alive. O concerto começou ao som de Séman, seguido de Ai Se Ele Cai e de À Minha Maneira. Outros clássicos fizeram-se ouvir, acabando em beleza, sempre ao som das vozes do público com o tema Casinha.

Enquanto Xutos & Pontapés tocava no palco principal, no Palco Super Bock ouvia-se Primal Scream. Muitos foram aqueles que ficaram com o coração dividido, ‘ir a Xutos ou ir a Primal’. É certo que é complicado conciliar os horários destes dois palcos, mas nem Xutos & Pontapés perderam audiência, nem Primal Scream tocaram para um recinto vazio. Muito pelo contrário, estava completamente cheio e estavam todos ansiosos para ver este Screamadelica Live, um disco que conta já com 20 anos de existência.
Três ecrãs cheios de cor e imagens psicadélicas, juntaram-se a esta actuação estrondosa da banda de Bobby Gillespie que surgiu em palco vestido numa camisa prateada e que lançava uns "Obrigado Lisboa". Em Country Girl vimos um público completamente eufórico, que saltava, gritava e acompanhava cada pedaço das letras deste grupo britânico.
Para despedida, Bobby confessou estarem a trabalhar num novo álbum que será lançado no verão do próximo ano.

Ainda neste palco, a noite continuou ao som de música portuguesa, com Os Golpes, no entanto o recinto encontrava-se bastante mais vazio, mas a culpa foi de Iggy and The Stooges que se encontravam a actuar no Palco Optimus.
A banda de Vá Lá Senhora começou o concerto com uma intro instrumental – que quase serviu para chamar o público.
Pelo meio um convidado especial para cantar este mesmo tema, Rui Pregal da Cunha acabando com Paixão dos portugueses Heróis do Mar.

Iggy Pop já se encontrava em palco, de tronco nu e com uma energia que nos mostrou que os seus 64 anos não o impedem de ser um leão de palco.
Abriu o concerto ao som de Raw Power, seguindo-se de Search and Destroy. Sempre muito comunicativo, lá ia lançando umas asneiras que mais uma vez, foram aplaudidas pelo público português (e não só, porque de vez em quando vemos bandeiras no ar, que não têm as cores verde e vermelha). Depois de Dog e de uma despedida do palco, voltou para um encore de duas músicas - Your Pretty Face e Pemetration.

Seguiram-se os mais esperados da noite, os Foo Figthers, que não conseguiram uma audiência como os anteriores Coldplay, mas que não deixaram ficar mal todos os fãs que vieram a Algés para os ver.
Com um foco de luz a incidir para o lado esquerdo do palco, surge Dave Grohl de guitarra ao ombro a tocar e cantar Bridge Burning seguindo-se de Rope do recente álbum Wasting Light.
Em My Hero, Dave desce para junto do público e cá de longe vê-se um very-light no meio do público que não sabemos ao certo como foi ali parar, mas que conseguiu entrar, conseguiu. No entanto, o vocalista desceu, deu o seu show junto do público e regressou ao palco dizendo “Como estão vocês? Nós somos os Foo Fighters. Prazer em conhecer-vos” e de seguida da sua boca sai aquilo que podemos chamar de eructação. E brinca com o facto de não virem a Portugal há imenso tempo, diz ele uns “5 ou 10 anos”.
Enquanto as luzes do palco movimentavam-se para cima e para baixo, o concerto continuou com temas Learn to Fly e White Limo.
”Querem ouvir muitas músicas? Somos uma bandas com muitos anos, e temos uma longa noite pela frente” e assim foi, uma longa noite que durou duas horas com uma setlist recheada de 19 temas.
Um encore foi pedido, como habitual e a banda regressou ao palco para cantar a famosa Times Like These com a ajuda de todo o público que não parou um segundo de acompanhar a banda.
Seguiram-se para terminar Young Man Blues, This is a Call, Tie Your Mother Down e quase às três da manhã ouviu-se o último tema da noite Everlong.

Uma noite sem fogos de artifício como aconteceu na anterior, mas que com certeza agradou a todos que passaram por Algés.


Actuações 7 Julho 2011
PALCO OPTIMUS
Foo Fighters
Iggy and The Stooges
Xutos & Pontapés
My Chemical Romance
Jimmy Eat World

PALCO SUPER BOCK
Bloody Beetroots Deathcrew 77
Teratron
Kele
Os Golpes
Primal Scream
Bombay Bycicle Club
Seasick Steve
Everything Everything
Crocodiles

PALCO OPTIMUS CLUBBING
Diplo
Buraka Som Sistema DJ/MC
Joker Feat Nomad
Carte Blanche
Goose
Wildlife!
Spoek Mathambo
Diamond Bass
Da Chick
The Yardangs

REPORTAGEM OPTIMUS ALIVE 2011:
1º Dia (6 Julho 2011)
2º Dia (7 Julho 2011)
3º Dia (8 Julho 2011)
4º Dia (9 Julho 2011)

PALCO OPTIMUS



PALCO SUPER BOCK



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Por restrições por parte das bandas, não nos foi possível fotografar os concertos de Iggy & The Stooges e Foo Fighters.


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Fotos: José Reboca
Texto: Cátia Santos
Agradecimentos: Everything Is New
Festival: www.optimusalive.com
Local: Passeio Marítimo de Algés, Lisboa
Data: 7 Julho 2011 (2º dia do festival)

3 comentários:

Anónimo disse...

Ao que parece a restrição não foi para todos...

Fátima disse...

a música chama-se times like these :)

Tribo da Luz disse...

Tracey: obrigado pelo reparo ;)

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