[REPORTAGEM]: Optimus Alive (1º Dia) | Passeio Marítimo de Algés | 6 Julho 2011



O Passeio Marítimo de Algés deu mais uma vez as boas vindas àquele que se auto-intitula como o maior festival de música e arte de Portugal, Optimus Alive.

Pouco passava das 16h quando a equipa da Tribo da Luz chegou ao recinto e a movimentação já era grande. Aqueles que estavam ansiosos por entrar já se encontravam a ser embalados pela música que vinha do pórtico, à semelhança da edição de 2010. Até às 20h passaram pela entrada do Optimus Alive bandas como Dynamite Trust, Kid Selecta, Self Assistance, Funky White Boy e Quarteto de Bolso.

Os bilhetes há muito que estão esgotados e os cerca de 50 mil visitantes que eram aguardados para este dia, iam chegando que nem formiguinhas.

Do Palco Super Bock já se ouviam os primeiros acordes dos neozelandeses The Naked And Famous, que nos apresentaram o seu álbum de estreia editado em 2010, Passive Me, Agressive You. Uma mistura de música electrónica com um rock alternativo, por onde passaram temas como The Sun, All Of This, Punching In A Dream e Girls Like You, sempre acompanhados pela boa disposição da banda que ia agradecendo o facto de terem o recinto praticamente cheio para os receber. Energia não faltou nem uns "obrigado" em português, sempre seguidos de aplausos e manifestações de carinho por parte do público, que saltou e bateu palmas durante a actuação do quinteto liderado por Thom Powers e Alisa Xayalith.
A banda despediu-se de Lisboa ao som da conhecida Young Blood que foi o auge da sua actuação.

Em jeito de correria, e porque o festival assim o pede, deixámos o Palco Super Bock para assistir do Palco Optimus à primeira actuação da tarde, os The Twilght Singers, directamente vindos dos Estados Unidos da América para Lisboa para apresentarem o seu mais recente trabalho Dynamite Steps. A banda que conta já com cinco álbuns editados não conseguiu grande enchente em frente ao palco. O público nesta altura passeava no recinto como quem andava na feira à procura de pechinchas. As filas para os prémios e prendas eram imensos mesmo quando do palco principal saiam música como On the Corner e Fat City (Slight Return). O vento fazia-se agreste e só víamos pessoas de um lado para o outro a apanhar os chapéus de palha que gentilmente lhes foram oferecidos à entrada. Uma imagem engraçada que perdurou o resto da noite.
Enquanto isso, no palco Super Bock actuavam os Avi Buffalo que não tiveram uma assistência muito numerosa e mesmo os que lá se encontravam, aproveitaram o fofinho da relva para descansar. No entanto, e porque nos pareceram muito simpáticos, no fim da sua actuação vieram ter com o público para distribuir comida que trouxeram do backstage e tirar fotos com os fãs.

Ainda no Palco Super Bock, às 18h55 foi a vez dos Mona actuarem, naquela que foi a sua primeira vez no nosso país. No entanto e porque o público insistia em desfrutar da ‘relva’ continuando sentado no chão, o vocalista Nick Brown pediu para que se levantassem pois "isto é um festival de Rock’n’Roll, Jesus Cristo". E assim lhe fizeram a vontade, começando a ver-se mais cabeças. O concerto começou ao som de The Tally seguindo-se da falada Teenager que fez todo o público reagir com mais entusiasmo.

Mais uma corridinha até ao Palco Optimus desta feita para às 19h10 assistirmos à entrada dos indie-rockers norte-americanos, Grouplove, que também eles se estrearam em solo português no Festival Optimus Alive.
Muitos mais eram aqueles que se encontravam de frente para o palco principal, não sabemos se para assistir a este concerto ou se simplesmente esperavam pelos dois grandes nomes que se seguiram. No entanto, mesmo quando a poeira se fez levantar com mais intensidade entrando para os olhos de quem calhava, o público reagiu bastante bem a esta simpática banda que conta com dois anos de formação, Estes que têm apenas com um EP homónimo laçado em 2010, presentearam-nos com uma actuação descontraída onde podemos ouvir temas como Naked Kids, Don't Say Oh Well e com o tema Itchin' on a Photograph que pertencerá ao trabalho que irá ser lançado em Setembro deste ano.
Ainda houve oportunidade para convencer os fãs portugueses através do uso de uma t-shirt, que o baixista Sean Gadd vestia e que dizia ‘Lisboa Love’ - um trocadilho ao nome da banda Grouplove. A banda acabou ao som do seu maior êxito Colours, o primeiro single do EP Grouplove.

E porque o Palco Super Bock estava numa de receber estreias, foi a vez James Blake aproveitar a onda e subir ao palco às 20h. O britânico de 21 anos conta apenas com um álbum também ele homónimo e fez a delícia dos fãs, principalmente as fãs femininas que ali se encontravam para o ver ao vivo.
O músico ficou surpreendido com o facto de minutos antes da sua actuação o recinto do palco secundário se encontrar vazio, ficando preenchido após a sua presença. Sentado ao piano tocou entre muitos outros, aquele que era o tema mais aguardado pelos seus fãs, Limit To Your Love.

Mais em baixo, no Palco Optimus, estavam prestes a entrar em cena a lendária banda do tema Maria. Blondie de Debbie Harry foram uma das pioneiras da cena new wave e punk norte-americano, que felizmente, depois de uma ruptura, decidiram juntar-se em 1997 tendo criado dois anos mais tarde, em 1999 o álbum No Exit, o sétimo álbum até àquele momento.
Este ano lançaram o novo trabalho, Panic Girls, que nos apresentaram no Passeio Marítimo de Algés, começando a noite com Mother. No entanto, também nos brindarem com os grandes êxitos que todos conheciam e cantarolaram – One Way Or Another ou Call Me.

Ainda antes dos ‘grandes’ subirem ao Palco Optimus, no Palco Super Bock passaram nomes como Anna Calvi e These New Puritans.
Também pela primeira vez em Portugal, a britânica Anna Calvi veio apresentar o seu álbum de estreia, Anna Calvi, lançado em Janeiro deste ano.
De guitarra ao ombro e lábios num vermelho forte, a cantora encantou-nos com temas Jezebel, No More Words, Desire e Blackout, mostrando a todos que ali se encontravam, que valia a pena assistir ao seu concerto, mesmo que dali a uns minutos no palco principal começa-se o espectáculo dos Coldplay.

E foram eles que levaram o público à loucura. Se até então não tínhamos reparado nos 50 mil visitantes, pois estes andavam dispersos pelo recinto, assim que os ponteiros do relógio bateram nas dez horas, a frente de palco estava completamente lotada. E não era para mais, pois 6 anos passaram desde a última vez que os britânicos pisaram solo português.
O concerto começou com Chris Martin ao piano para Hurts Like Heaven do seu quinto álbum a ser lançado ainda este ano. Seguiu-se Yellow, o famoso tema que fez dos Coldplay aquilo que são hoje.
E porque a noite ainda era uma criança, In My Place fez-se ouvir e do ar começaram a cair papelinhos coloridos que despertaram uns ‘uou’ e os sorrisos por parte do público. Chris lançou num sotaque meio brasileiro um “Boa noite, tudo bem?” e continuou com Be Careful, que se seguiu de Lost que mais uma vez trouxe um 'presente’ para todo o público. Balões gigantes e bastante coloridos começaram a esvoaçar pelo recinto enquanto se cantava “Just because I'm losing doesn't mean I'm lost”.
Lasers coloridos e fogo-de-artifício pintaram a noite num espectáculo que convenceu quem ainda não estava convencido e que agradou quem já era fã da banda.
O momento alto da noite foi ao som de Viva la Vida, onde vimos um público aos pulos, bastantes máquinas fotográficas no ar e uma multidão que cantou este tema em uníssono com Chris Martin.
Uma despedida que não durou muito tempo, pois do recinto ouviram-se uns ‘ouuuuu’ (como em jeito de Viva la Vida) e a banda voltou a pisar o palco do Optimus Alive para cantar Clocks, Fix You e o seu recente single Every Teardrop Is A Waterfall.
Apesar das críticas e de ser uma banda que não consegue agradar a todos, os Coldplay conseguiram pelo menos convencer quem não tinha ido a este primeiro dia do festival para os ver.

E porque a noite não acabava aqui, com muita dificuldade conseguimos meter-nos ‘à estrada’ até ao palco Super Bock para assistir ao concerto de Patrick Wolf. Patrick que já se encontrava em palco e com uma assistência diríamos, composta, apresentou-nos o seu mais recente álbum Lupercalia, vestido com uma camisola às bolinhas e com um auricular de brilhantes, característico deste exuberante cantor britânico.
Em Together, Patrick desceu do palco e foi até às grades juntar-se aos fãs que aplaudiram mas mal sabiam que depois da conhecida Magic Position viria a não menos conhecida City e que o poderiam ver mais de perto. O cantor e compositor saltou mais uma vez do palco e mergulhou no público, para mal de todos os seguranças que o tentavam proteger das mãos que o agarravam.

Foi assim que Algés deu as boas vindas à quinta edição do Optimus Alive, que contará hoje com nomes como Foo Fighters, Iggy & The Stooges e My Chemical Romance.


Actuações 6 Julho 2011
PALCO OPTIMUS
Coldplay
Blondie
Grouplove
The Twilight Singers

PALCO SUPER BOCK
Example
Patrick Wolf
These New Puritans
Anna Calvi
James Blake
Mona
Avi Buffalo
The Naked And Famous

PALCO OPTIMUS CLUBBING
AD Rui Pregal da Cunha
AD Os Golpes
AD Gonçalo Mendonça
Salto
Feromona
Os Velhos
Smix Smox Smux
Os Capitães da Areia
Manuel Fúria e os Naufragos
Asterisco Cardinal Bomba Caveira
O Deserto Branco
O Verão Azul

REPORTAGEM OPTIMUS ALIVE 2011:
1º Dia (6 Julho 2011)
2º Dia (7 Julho 2011)
3º Dia (8 Julho 2011)
4º Dia (9 Julho 2011)

PALCO OPTIMUS



PALCO SUPER BOCK



Para visualizar as galerias, deverá ter instalada a última versão do Adobe Flash Player


Voltar ao início


Fotos: José Reboca
Texto: Cátia Santos
Agradecimentos: Everything Is New
Festival: www.optimusalive.com
Local: Passeio Marítimo de Algés, Lisboa
Data: 6 Julho 2011 (1º dia do festival)

0 comentários:

Enviar um comentário