[NOTÍCIAS]: SYMPHONY X EM PORTUGAL



O power metal progressivo é, provavelmente, um dos sub-géneros mais diversos musicalmente e, ao mesmo tempo, acessíveis no espectro da música pesada. Fundindo os arranjos cerebrais dos Rush, a técnica dos Deep Purple e a negritude dos Black Sabbath, o género tem-se afirmado ao longo das duas últimas décadas como um dos mais prolíficos e aplaudidos entre as hordas de apreciadores de heavy metal que não se querem limitar apenas ao óbvio. Os norte-americanos SYMPHONY X são um dos porta-estandartes da tendência, um grupo que prova – ao contrário de muitos dos seus competidores mais directos – que técnica não tem obrigatoriamente de ser sinónimo de exibicionismo instrumental. Apesar de serem músicos de excepção, ao nível daqueles que conseguem pôr uma plateia de pares a questionar as suas capacidades, o quinteto também consegue escrever canções muito bem estruturas, com princípio meio e fim e com ganchos que agarram o ouvinte pelo colarinho do primeiro ao último momento. Famosos pelos seus concertos arrebatadores e cheios de garra, é precisamente isso que se espera deles quando apresentarem a novidade «Iconoclast» nos palcos da Incrível Almadense e do Hard Club, nos dias 14 e 15 de Outubro, respectivamente.

Corria 1994 quando se começou a ouvir um murmúrio distante, vindo do outro lado do Atlântico, cortesia do prodigioso guitarrista Michael Romeo. Uma gravação auto-financiada revelou ao mundo um músico de excepção, um dos últimos Messias das seis cordas do Séc. XX, que nos anos seguintes construiu de forma muito inteligente a carreira de um projecto que abalou as estruturas do metal progressivo. Misturando de forma inovadora heavy metal, rock progressivo e influências neoclássicas, os SYMPHONY X deram à luz uma fórmula brilhante, posteriormente adoptada por toda uma nova geração apostada em seguir-lhes os passos. No entanto, durante anos, mantiveram-se como um dos segredos mais bem guardados de grande maioria dos metaleiros. A trabalhar na sombra do underground, construindo uma base de fãs muito dedicada nos Estados Unidos, na Europa e, particularmente, no Japão, começaram por apelar essencialmente aos apreciadores de virtuosismo, mas com a sua atitude um pouco mais directa do que é habitual nestes meandros, transformaram-se num caso de sucesso. Chegou o Séc. XXI, a participação na Gigantour a convite de Dave Mustaine e, exposto a plateias esgotadas de potenciais fãs que começaram a descobrir o seu fundo de catálogo, o grupo de New Jersey explodiu em termos de popularidade e estabeleceu-se como um dos bastiões do estilo.

Quatro anos depois de «Paradise Lost», um ambicioso concept baseado no poema de John Milton, os SYMPHONY X voltam à carga com «Iconoclast». No oitavo álbum de originais em quase duas décadas de carreira servem mais uma soberba colecção de metal progressivo, com as guitarras e a voz em grande destaque, e sempre em contraste, mas dando origem a temas que soam verdadeiramente majestosos. A fórmula que os tornou famosos não mudou muito, mas em 2011, a banda soa ainda mais negra, agressiva e pesada. Menos subtil e mais directo ao assunto, mas mantendo os ganchos e os refrões nos sítios certos, «Iconoclast» afirma-se como o registo mais focado do colectivo até à data. Com Romeo em grande forma e um Russel Allen cada vez mais no controle das suas capacidades vocais, este acaba por ser o grande coroar do seu talento, um dos mais carismáticos vocalistas num universo repleto de bons músicos, mas com cantores que nem sempre estão ao mesmo nível. No caso dos SYMPHONY X, as peças estão mesmo todas no sítio – e cada vez mais no sítio.


14 OUTUBRO | INCRÍVEL ALMADENSE
15 OUTUBRO | HARD CLUB

1ª parte: TBA

Abertura de Portas - 20h00
Inicio do Espectáculo - 21H00






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