[REPORTAGEM]: Optimus Alive (Dia 1) | Passeio Marítimo de Algés | 13 de Junho 2012



Foi um clash de gerações e estilos. Essa foi a primeira impressão à chegada do recinto no Passeio Marítimo de Algés, na passada sexta-feira, dia 13 de julho e de abertura da edição de 2012 do Optimus Alive! Uma grande porção da audiência naquele dia não era a mais comum dos festivais de verão: pais a acompanharem crianças, das quais algumas não teriam mais do que dez anos. Perante um olhar incrédulo de uma amiga ao avistar um rapaz invulgarmente novo, de olhos muito abertos e novos para aquele tipo de ambiente, uma jovem arqueia as sobrancelhas e encolhe os ombros numa expressão de semi-quem-dera-a-mim-que-os-meus-pais-fizessem-o-mesmo e semi-cada-um-sabe-o-que-faz. “De pequenino...”, diz.

Mas é verdade que contrastava com os habituais membros das faixas etárias entre os 18 e 35 anos, especialmente quando não eram poucos os que envergavam as vestes negras e pedaços metálicos na roupa em típica moda roqueira. A multidão era então composta por cabedal preto e calças de ganga, com aparições a irromperem de cores néon, purpurinas, padrões leopardo e muitas pulseiras de borracha. Isto sem falar do escarlate por vezes agonizante da audiência vinda de países mais a norte, com peles claras e não habituadas ao Sol. Ainda assim, o ambiente não foi de todo invulgar: estavam todos ali para a mesma coisa – uma grande festa, a definição da mesma é que pode divergir - e ninguém se atreveria a dizer o contrário.



Começou então pelo Rock: Os Royal Blasphemy tiveram a honra de abrir o Palco Heineken, após vencerem o concurso Oeiras Band Sessions. Em típica atitude de rock e metal, pode-se dizer que a banda portuguesa “abriu as hostilidades” com temas como “Corruption” “Anarchy” e “No future”.



Em seguida, os The Parkinsons, uma dream team nacional (com Victor Torpedo na guitarra, Kaló na bateria, Pedro Xau no baixo e a voz de Afonso Pinto) que parece ter sangue britânico nas veias, tomaram o palco, disparando atitude punk à antiga. Afonso Pinto, de tronco nu salvo pelas várias tatuagens, atira um “posso dizer asneiras aqui?” que é só meramente retórico. Um verdadeiro comportamento a lembrar os The Clash, Iggy Pop e até Sid Vicious. Já o The Guardian os teria comparado com os Sex Pistols, pelo que o retorno após a separação em 2006 tenha sido recebido calorosamente e levantaram os braços ao som de temas clássicos como “Nothing To Lose” ou “New Wave” assim como novas pistas do novo álbum «Back to Life», um bocado mais suave do que as anteriores.


No palco Optimus Clubbing, Aeroplane aquecia a pista de dança, predominantemente completa por uma audiência estrangeira. Às seis e meia da tarde, o rock invade o palco principal também, assim como algumas nuvens começam a ser arrastadas por um vento forte. O canadense Danko Jones e co. abriu o Palco Optimus com rock não tão pesado (mas ainda assim puro), bem capaz de levar ao delírio aqueles que não hesitam levantar os dedos indicador e o mindinho no ar. Depois de uma forte introdução, Jones apresenta-se como um verdadeiro hotshot de língua afiada, mas um hotshot com charme e bom sentido de humor.
“Para onde é que vocês vão?”, pergunta aos fotógrafos, que depois dos costumários 3 minutos de permissão, se encaminhavam para fora do gradeamento. “Este espetáculo ainda não acabou, e nós somos aquele tipo de banda que vos vai fazer gastar a bateria da câmara!” Pelo meio de canções como “Sticky Situation", "First Date" e "Lovercall", ainda agradeceu ao público por se terem deslocado tão cedo para os verem, e que gostaria de voltar. Fica a dica.



Nas imediações do Palco Heineken, alguém (particularmente entre membros do sexo masculino e algumas fashionistas) para enquanto vai a caminho de um stand de comida, voltando atrás para espreitar melhor a banda em atuação. Não foi caso único mas felizmente não maioritário: as Dum Dum Girls estão vestidas a rigor e têm os olhos delineados a negro, franjas fartas e collants irreverentes; são quase fetiche enquanto empunham os seus instrumentos. Dee Dee agradece as boas-vindas do público, diz que Lisboa é uma cidade linda, e procede com falso desinteresse em entregar o Pop Noise de menina com casaco de cabedal e meias de rede que grafita um mural, mas põe corações nos pontos dos i’s.

De notar que o palco secundário sofreu alguns erros técnicos ao longo do festival, incluindo momentos de feedback que até contorcia a cara de muitos, desde os seguranças ao lado do palco ao recém-chegado festivaleiro que chegava pela porta Fnac, num esgar, mesmo munidos de tampões nos ouvidos. Ainda assim, as canções das californianas parecem funcionar bem ao vivo (talvez melhor que noutros meios), e embora não dadas a demasiadas emoções (ou talvez mais discretas), faziam quem ouvia menear a cabeça em sincronia com temas como “Bedroom eyes” ou “It Only Takes One Night”. Ainda tiveram tempo para interagir com os fãs depois do concerto.



De volta ao palco maior, estão os suecos Refused. O punk-rock ainda continua em grande por esse lado do recinto, agora com grande delineação e consciência europeia. O vocalista Dennis Lyxzén é enérgico no palco, dá o “litro” (literal, também, considerando a forma como o cabelo se colava à sua testa depois de tanto salto) do início ao fim, e o público agradece com o seu próprio headbanging.
Depois de uma separação de 14 anos, pareceu-lhes importante dar uma mensagem de força, perseverança e combate nas dificuldades. “Éramos só uma simples banda sueca”, diz, para começar “Summer Holidays VS Punk Routine”. Outras canções como “Refused Party Program”, ou “Liberation Frequency” fazem questão de mostrar o seu cariz de luta até o término. “Eu sei que a economia de Portugal não está muito boa,” declara Lyxzén, apontando para o público e agradecendo a sua presença. “Quando éramos novos escrevíamos contra o capitalismo. E parece agora que o capitalismo se está a autodestruir”, explica, e “Rather be Dead”, do álbum «Songs to Fan the Flames of Discontent» (nome de 1996 que parece ironicamente adequado aos dias de hoje), começa. Punk do forte e duro.



Entretanto, o Palco Heineken pareceu ter aberto às mulheres: A seguir a Dum Dum Girls, aparece o novo projeto nacional Miuda. Muitos por lá ficaram para ouvir a tal canção da rapariga que dorme com quem quer e faz o que lhe apetece, tema que arrancou mais aplausos do público. A voz de Mel do Monte (e hesitam-se as comparações entre o nome e o tom da voz da cantora porque parece igualmente fácil ouvi-la atingir doçura como a nos mandar para um sítio que cá sabemos) não desaponta, tirando alguns momentos de incerteza que decerto a experiência polirá. “That’s a tease if I ever saw one,” diz um britânico de sotaque cerrado e cerveja em punho ao mirar a rapariga de calções curtinhos e voz grave a baloiçar os braços em jeito de preguiça sonhadora de um sábado de manhã sem nada para fazer. A sua postura em palco é de sorriso discreto e algo inocente mas perto da rebeldia e confiança que a sua canção mais conhecida convém (fica à escolha do leitor qual o que pareceu mais sincero), enquanto pede para dedicar ao mais-que-tudo a canção “Meu Amor” e vai puxando pelas palmas. Perto do final, o público começa a cheirar a pastilha elástica de morango enquanto a audiência mais jovem se acerca da zona.

Aparência à parte, o grupo, também composto por nomes conhecidos como Pedro Puppe (OIOAI), Fred (Orelha Negra) e Tiago Bettencourt apresenta um conjunto instrumental de quem já tem alguns anos de experiência e quando compõe, compõe, e sabe concretizar ao vivo, deixando umas novas canções ao público que espera a sua compilação, juntamente com novos trabalhos.



São 9 e 10 da noite, e a chuva é miúda - se sucumbirmos a trocadilhos - e causa algum incómodo àqueles que optaram pelos chinelos e calções nesse dia. Ainda assim, muitos ainda circulam ao ar livre e aproveitaram para jantar.

Foi a vez de Snow Patrol, um dos nomes a liderar o cartaz da edição deste ano, entrar em cena no Palco Optimus. A simpatia de Gary Lightbody aqueceu os que assistiam, em particular os fãs da banda. A banda já teria atuado há dois anos atrás no Rock in Rio Lisboa, e desta vez voltou para apresentar o mais recente álbum: «Fallen Empires». Embora os Snow Patrol sejam uma banda de difícil definição (um rock com um toque sentimentalista aceitado pelos fãs do pop comercial que passa pelas rádios – alguém ainda liga a descrições como esta?), as melodias e os refrões bem conhecidos ou fáceis de memorizar são trunfos importantes para a execução de um bom concerto. Ainda assim, muitos dos que lá ficaram para assistir estavam ou embalados pelo rock mais pesado dos concertos anteriores, ou expectantes pelos Stone Roses, que atuariam a seguir. Apesar de tudo, canções mais conhecidas como “Run” (dedicada à banda de Ian Brown pelo vocalista) e “Chasing Cars” levantaram muitos copos ao ar e ergueram muitas vozes.



Entretanto, a pergunta mais pertinente entre os festivaleiros naquele dia era o porquê da atuação dos LMFAO ser no Palco Heineken e não no principal, tal era a óbvia afluência de autoproclamados party rockers ao recinto somente para assistir à banda de RedFoo e SkyBlu. Várias explicações foram atentadas por outras pessoas do público: “talvez precisem de menos espaço para montar o palco enquanto montam o dos Justice?”, “acho que estavam à espera de mais pessoas para ver Snow Patrol,” eram duas das hipóteses colocadas, se bem que a resposta maioritária era um encolher de ombros. Conversa de circunstância causada pela grande enchente da área do palco secundário enquanto o concerto não começava. Olhava-se para trás e via-se pessoas com crianças em pé em cima das cadeiras e mesas da área de alimentação, mesmo ali ao lado.

O espetáculo é apenas presenteado pela presença de Redfoo, dado que Skyblu aparentemente teve uma lesão nas costas. Ainda assim, e apesar de temas como “Boom Boom Pow”, dos Black Eyed Peas, e “Gettin’ Over You”, de David Guetta, serem maioritariamente emitidos via colunas e com a intervenção de Skyblu quando lhe tocava, a festa foi feita a todo gás.

Muitos não levam as canções dos LMFAO a sério, e quem o faz atribui à banda algum descrédito por essa mesma razão, de dever ser assim. No entanto, ninguém estava ali para levar nada a sério, pelo menos durante alguns minutos (boa sorte a quem tentar), e os muitos saltos, a muita dança, e o muito Red Bull misturado com qualquer outra coisa eram constantes (existiu até uma espécie de mosh pit). Enquanto que canções como “I’m in Miami, Bitch” e “Sorry for Party Rocking” eram cantados e dançados e como hinos à festa como estilo de vida e bonecos insufláveis saltavam pelo ar, muitos pais franziam o sobrolho ao notar as danças atrevidas em palco e tomavam alguma atenção ao verdadeiro conteúdo da letra das canções e intervenções de Redfoo. Ainda assim, suspeita-se que os mais novos (esses sempre mais devotos) não compreendam a mensagem por trás das atuações. “Todos passamos pelo mesmo!”, diz uma irmã mais velha. “Lembras-te das Spice Girls? Da letra da “2 Become 1”? É a mesma coisa”.


Um pouco mais ao lado, no palco Optimus Clubbing, Mike Levy, verdadeiro nome do DJ Gesaffelstein, aquecia um público que não estava satisfeito com as tendências mais comerciais dos LMFAO. Vestido de blazer, lançava batidas fortes mas sofisticadas, que faziam levantar os braços até aos mais desinteressados que se encontravam na travessia “Optimus-Heineken-Optimus” e decidiam improvisar e ficar por lá. Foi considerado por alguns mais atentos como uma das atuações (e revelações, pois muitos ainda não conheciam este novo DJ, francês e partilhando a nacionalidade dos mais conhecidos Justice, que iriam tocar a seguir) mais marcantes do dia.


Essa secção do recinto estava rendida às grandes batidas, eletrónicas ou não, numa invasão gradual e segura que depois, com a entrada dos Justice para fechar as atuações do palco principal, iria declarar o vencedor. Ao Palco Heineken sobe uma senhora produtora-barra-cantora-barra-compositora de nome Santi White, vulgo Santigold, formerly known as Santogold.

São cores garridas mas não ao ponto de se usar óculos de sol em plena noite, danças ousadas mas com algum decoro, fitas douradas que chegam ao espalhafatoso mas, depois da atuação dos LMFAO, a vacina já estava dada. Assim, de guarda-roupa exótico e voz de trovão, Santigold entrega-se ao público com ritmos contagiantes numa performance que para muitos foi das melhores da noite. É uma composição musical com inspiração em géneros como o dub, o reggae, e o pop, marcantes e com personalidade muito forte, formando um cocktail por vezes perigoso e ao qual muitos nem se acercam.
Santi é, no entanto, aguerrida e exímia na criação de um estilo musical do mais contagiante que há, troca de ritmo com a mesma facilidade que troca de roupa, e o público exalta-se facilmente e sem qualquer culpa ao deparar-se com canções dos seus dois trabalhos, como “Disparate Youth,” “Freak Like Me" e "Fame”, convidando membros do público a parar de tirar fotografias e dançar com ela e com as suas dançarinas/cantoras, no palco, ao som de “Creator”.

No final, Santi acaba com “Big Mouth”, uma deixa aos Buraka Som Sistema, que em seguida sobem ao mesmo palco, pois foi produzida em conjunto com os portugueses, contendo mesmo uma sample de “We Stay Up All Night”.



Voltando ao palco principal, começa a última exibição do género rock do dia: a reunião dos The Stone Roses encheu de satisfação os muitos britânicos que por lá andavam. Diga-se, é uma banda de carisma e história na cena musical puramente inglesa que passa um pouco despercebida no público geral português, mas após as mais recentes cambalhotas mediáticas em irreverências (tais como a proclamação via mensagem de texto de “vamos voltar a dominar” ou chamar nomes à rainha de Inglaterra em pleno ano de jubileu), era com alguma expectativa que o público luso se dirigiu ao alcatrão em frente ao maior palco. Para alguns admiradores do seu trabalho lírico, que terão assistido ao concerto a solo de Ian Brown no Super Bock Super Rock em 2011 e ficado defraudados, esperava-se que a fraca exibição a solo se devesse a um devaneio pelo facto do vocalista inglês não estar rodeado pela banda que se formou nos anos 80. Tal não se veio a confirmar. A parte instrumental não apresentava falhas, mas não foi espetacular. Parece que o carisma de Brown se perdeu um pouco no tempo e passou por cima da plateia portuguesa. Salvo o frequente membro do público britânico, que declama que cresceu a ouvir isto com fervor, cantando com plena devoção o single que arrancou o concerto, o clássico “I Wanna Be Adored”.

O concerto correu entre os conformes, mas não contentou. Nem aqueles que foram só pelo potencial conteúdo controverso ficaram satisfeitos. Não houve polémica, não houve mensagem política. O mais irreverente foi apenas quando Ian Brown escolheu envergar um casaco de fato de treino da Etiópia. “Fools Gold” ainda incendiou a multidão, assim como “This Is The One”. Não obstante o (des)concerto, havia alguém que admitia “bem, pelo menos posso dizer que vi os Stone Roses ao vivo. Menos mal”.



Com a exibição dos LMFAO, os Buraka Som Sistema tinham a difícil tarefa de continuar a festa. Ou seja, seria difícil, se o próprio som da banda não fosse mesmo orientado para levar o público ao rubro e mexer-se naquelas coreografias que estamos habituados a ver em grupinhos de amigos em discotecas, com algumas meninas a tentar mexer as ancas de forma mais solta. Mas os “Buraka” são habitués da verdadeira festa festivaleira portuguesa, e não surpreenderam ao fazer subir o nível da adrenalina no público. Pedem para “abanar o esqueleto” e o público fá-lo com muito gosto.

O espetáculo é tanto auditivo como visual, tanto pelas luzes como pela dança em pleno palco. Fica a pergunta se o uso do auto-tune nalgumas canções (em equipa que ganha não se mexe, certo?) era mesmo necessário, tentativa de reinvenção em pleno palco à parte, mas com temas como “Komba” ou “Hangover (Bababa)”, os Buraka voltaram a mostrar porque é que puseram o público do festival americano South By Southwest aos saltos.



Abre o Palco Optimus para a derradeira performance do dia (e da noite), pelo dueto francês Justice. É a segunda vez que os Dj’s estão em terras lusas, tendo estado em Paredes de Coura mesmo antes de apresentarem um EP. “Eles estão entre nós!”, grita um fã com cruz desenhada na sweat, seguindo a imagética borderline religiosa do grupo à risca, após algum tempo de espera. Muito ansiavam os adeptos deste duo que mistura a música clássica com house e techno e até heavy metal. Rodeados das costumárias torres imponentes de colunas dos seus espetáculos e de cruz iluminada, a música é majestosa, potente e pulsante, levando até o último dos moicanos com alguma força nos pés ao mais valente dos movimentos de dança. O icónico “Genesis” abriu com força o caminho para outros remixes de temas como “D.A.N.C.E.” que levou ao maior reconhecimento, assim como “We Are Your Friends” causando o mais forte coro de “You will never be alone again!”, e canções do novo álbum «Audio, Video, Disco». Os franceses levam o público para teasers de várias canções, muitas da sua autoria, muitas outras não, dando a ideia dos dois Dj’s de cabelo escuro interpretarem a personagem de mestres de fantoches com dominante precisão e talento, a fazer toda a gente abanar o capacete ao inundá-los com o pulsar do ritmo.

Xavier (de Rosnay) desce do seu pedestal que partilha com Gaspard (Augé) e levanta o braço ao público em delírio durante um congelamento propositado do ritmo, teatral. Em jeito de brincadeira, alguém grita “Ó Xavier, vai mas é trabalhar!”, pedindo mais. E mais cederam, até ao final, que deixou um sabor a pouco, mas isso, os fãs estão perfeitamente conscientes do exigente que podem ser quando lhes é oferecido um poderio daqueles, e só com as máquinas eletrónicas. Fica na imaginação de muitos o que poderia ser se os Justice tivessem sido acompanhados por instrumentos ao vivo, e admite-se, a ideia faz muita gente salivar.



Zola Jesus sofreu com o final do concerto dos Buraka Som Sistema e com o início do concerto dos Justice, levando pouca gente a assistir à sua exibição. Mas não foi por nada que o seu concerto não tenha sido menos intenso. De um semblante misterioso e até espiritual, a cantora entregou-se às suas canções de forma característica e mística, calmamente envolvente, mesmo nas canções mais marcantes como “Night” (do álbum «Stridulum») e “Vessel”, do trabalho mais recente, «Conatus». Não largando a sua persona que mais parece um ser mitológico dos contos de fadas, descalça, vai ter com os seus fãs para umas curtas conversas, deixando a sensação de que ela de facto é palpável, e que está tudo em família.



No final, subiram os Death in Vegas, encerrando o Palco Heineken. A banda aproveitou a adrenalina do público pós-Justice para continuar com uma sessão de rock com o mesmo nível de sofisticação e luzimento mais intelectual e psicológico, mas não menos pungente e tátil. Quem esteve lá não pedia melhor fecho.

REPORTAGEM OPTIMUS ALIVE 2012:
1º Dia (13 de junho 2012)
2º Dia (14 de junho 2012)
3º Dia (15 de julho 2012)

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Texto: Carolina Rocha
Fotos: Rúben Viegas e Silvia Lopes
Agradecimentos: Everything is New
Festival: Optimus Alive
Local: Passeio Marítimo de Algés
Data: 13 de junho de 2012

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