Os “putos rebeldes” do punk rock (ou pop punk?), estiveram ontem pela primeira vez em Portugal. Com um Pavilhão Atlântico dividido a metade e mesmo assim, longe de estar cheio, os Blink 182 pisaram o palco ao som de “Feeling This”. O tema de abertura, deu origem a alguns gritos histéricos, vindos na sua maioria de adolescentes (muitos deles, acompanhados pelos pais).
Um concerto “sempre a abrir”, teve ainda alguns momentos de pausa onde a banda confessou que as mulheres portuguesas (vá lá, e os homens também), são mais sexys que os madrilenos (publico que conheceram um dia antes do nosso concerto). Claro que a plateia gostou do elogio, mas confessem lá: vocês dizem isso a toda/os, certo?
“Up All Night” seguiu-se de “The Rock Show” e “What’s My Age Again?”, o primeiro tema que levou a plateia à euforia (e a sacar dos telemóveis, mp4, e afins – há que gravar o momento, já que ninguém o proíbe).
Sempre acompanhados por dois ecrãs gigantes (um em cada lado), e por projeções no fundo do palco, não esquecendo o jogo de luzes, que conjugou na perfeição com as imagens projetadas e com a batida das músicas.
É habitual numa banda do género ouvirem-se temas de revolta pelo sistema, pelos políticos, pelo capitalismo, mas os Blink 182 sempre foram conhecidos pelas suas letras humorísticas, e os seus videoclipes um tanto ou quanto polémicos. Diz-se por aí que “Man Overboard”, tema também entoada nesta noite, é uma música dedicada ao antigo baterista, Scott Raynor – “Let's take some time to talk this over, You're out of line and rarely sober”, que dizem também algumas línguas, passava muito tempo alcoolizado.
No entanto, Travis Barker deu muito bem conta do recado ao substituir Scott em 1998 – tão bem ao ponto de ter um solo como abertura de encore. Travis tornou-se um membro essencial à banda, havendo fãs por todo o recinto com cartazes com mensagens como “Travis, dá-me as tuas baquetas”.
“All the Small Things” foi a música mais aplaudida, mas foi no encore, com papelinhos explodidos para o ar e bolas de “praia” jogadas para a plateia, que o trio conseguiu levantar quem estava sentado, e por a pular quem já estava em pé.
Despediram-se com “Family Reunion”, mais um tema cheio de palavrões, mas que ninguém leva a mal, e até os acompanha na brincadeira.
Já não era sem tempo termos os Blink 182 em Portugal, mas ficou a faltar alguma energia do trio, típica de bandas punk rock/pop.
As hostes tiveram a cargo dos The All-American Rejects, que mostraram aos californianos o que é ter energia. A idade não é a mesma, e isso pode servir de desculpa ao trio, mas os norte-americanos abriram e muito bem a noite. Temas como “Swing, Swing” e “Gives You Hell” fizeram os mais distraídos deitar para fora palavras como “ah, eu conheço esta música!”. Tyson Ritter, vocalista, esperneou, gritou e ainda se mandou para o chão. O público gostou, cantou e aplaudiu. Nota positiva para a banda que acompanhou até ontem, os concertos da tour europeia dos Blink 182.
Para visualizar as galerias, deverá ter instalada a última versão do Adobe Flash Player
Fotografia: José Reboca
Texto: Cátia Santos
Agradecimento: Everything is New
Banda: Blink 182
Local: Pavilhão Atlântico, Lisboa
Data: 21 de julho de 2012
0 comentários:
Enviar um comentário