[REPORTAGEM]: Amon Amarth | Hard Club | 2 Novembro 2011



Estamos em crise, mas não é de concertos e também não é de público. Exemplo disso foi um Hard Club cheio para receber os Amon Amarth, que andam em tourné com os Sceptic Flesh a apresentar o último álbum Surtur Rising. Um dia depois de tocarem na Incrível Almadense os vikings suecos rumaram a norte para procurarem sangue suevo.

Entraram em palco numa luta com os deuses. “War of the Gods”, tema do último álbum deu início à batalha. Como já tinha indiciado no Vagos Open Air 2009, Johan Hegg é um frontman que faz questão de mostrar quem lidera. Da primeira vez que se dirigiu ao público fê-lo num português acima da média, o que é meio caminho andado para despertar a audiência. Cedo percebeu-se que a pronuncia não era má, mas o vocabulário não era extenso.

No primeiro quarto do concerto, como era esperado, o alinhamento andou quase sempre à volta de Surtur Rising. O público ia respondendo aos urros provocatórios que vinham de cima do palco. Em “Pursuit of Vikings”, um dos seus temas mais emblemáticos, Hegg desafia os fãs para um coro no refrão. Para os mais esquecidos encorajou: “se não souberem as letras cantem na mesma. Afinal de contas isto é death metal, ninguém percebe de qualquer maneira”.

Pouco habitual no death metal os hinos foram cantados em uníssono, muitos horns up e brindes vindos de cima do território viking, antes de Hegg beber sabe-se lá bem o quê por um chifre. Antes do descanso tocaram mais um tema obrigatório, “Death in Fire”. No encore revisitam o Twilight of the Thunder God, com o tema homónimo e “Guardians of Asgaard”.

Numa banda com nove álbuns de estúdio não é fácil escolher um alinhamento. Ainda assim ter-se-á sentido a falta de alguns temas dos três primeiros álbuns. De qualquer forma os Amon Amarth reforçaram que são uma banda ao vivo por excelência e a banda sonora perfeita para o atracar de um barco viking num porto. Não tenhamos dúvidas, se os vikings tivessem descoberto a distorção as suas músicas soariam assim.

Os Sceptic Flesh fizeram a primeira parte e cumpriram a função de banda de abertura. Também com álbum lançado este ano, The Great Mass, facilmente conseguiriam marcar uma data em Portugal e garantir um núcleo de fãs que os fosse ver como cabeças de cartaz. Talvez numa sala mais pequena. Os momentos altos foram quando tocaram “Anubis” e “Persopolis” do excelente Communion, de 2008.

Alinhamento:
War of the Gods
Runes to my Memory
Destroyer of the Universe
Live Without Regrets
Live for the Kill
Pursuit of Vikings
For Victory or Death
Varyags of Miklagaard
Slaves of Fear
Ride for Vengeance
A Beast Am I
Embrace of the Endless Ocean
Free Will Sacrifice
Asator
Death in Fire
~ENCORE~
Twilight of the Thunder God
Guardians of Asgaard




Para visualizar as galerias, deverá ter instalada a última versão do Adobe Flash Player



Voltar ao início


Fotografia: José Ferreira
Texto: André Vieira
Agradecimentos: Prime Artists
Banda: Amon Amarth
Local: Hard Club, Porto
Data: 2 Novembro de 2011

0 comentários:

Enviar um comentário