[REPORTAGEM]: Symphony X | Hard Club | 15 Outubro 2011



O heavy metal também pode ser festa. Pelo menos ontem foi e fez-se a festa no Hard Club com o regresso dos Symphony X ao Porto. Quase dez anos depois da última e única passagem por Portugal, quando abriram para os Stratovarius do outro lado do rio, na antiga morada do mesmo bar, os norte-americanos estrearam-se em solo nacional como cabeça de cartaz para promover Iconoclast. Os DGM e os Pagan's Mind foram as bandas de abertura.

O concerto teve direito a uma entrada épica com o tema título “Iconoclast”. O refrão repetido em uníssono pelo público: “We are strong, we will stand and fight”. Era a certeza de que durante todo o espectáculo fãs e banda estariam do mesmo lado. Sem perder o fôlego e seguindo o alinhamento do álbum, passam logo para “The End of Innocence”.

Ao fim da segunda música o vocalista Rod Tyler parecia ter acabado de sair de uma sauna. Pergunta ao público se o querem ver suar mais. Resposta afirmativa e entra “Dehumanized”, que tem um início soberbo. Bateria em contratempo, guitarra bem rockeira com um Groove que é sentido proibido a estar parado.

A balada “When all is Lost” foi o primeiro momento de descanso numa actuação para viciados em adrenalina. Momento para agradecimentos e para alguns lugares comuns: “Vocês são o melhor público de sempre”. Claro que sim!

Até “Heretic” (oitava música) todo o set foi direccionado para o último trabalho. A verdade é que ninguém parecia preocupar-se muito com isso. O álbum resulta na perfeição ao vivo. O público reage como se estivesse a ouvir os hits. Isto se for permitido dizer que uma banda cujo trabalho é tão constante tem hits.

Antes de acabar a primeira parte do concerto tocaram ainda “Inferno (Unleash the Fire)”, da obra prima The Odissey, e “Of Sins and Shadows”, do terceiro trabalho The Divine Wings of Tragedy.

Entram para o encore e Rod Tyler, um dos mais carismáticos frontman do metal, apresenta a banda e destaca o excelente guitarrista que é Michael Romeo. Tocam três temas do último trabalho, Paradise Lost, e despedem-se debaixo de uma grande ovação.

Destaca-se a coesão que revelam ao vivo e a precisão na execução de temas complexos como são os dos Symphony X. Não confundir complexos com exibicionistas. Essa será talvez a maior qualidade que têm. É o saberem contrabalançar o peso do metal, a técnica do progressivo e a melodia do power (sem se tornarem agudos demais) em doses certas.

Alinhamento:
Iconoclast
The End of Innocence
Dehumanized
Bastards of the Machine
Electric Messiah
When All is Lost
Children of a Faceless God
Heretic
Inferno (Unleash the Fire)
Of Sins and Shadows
~ENCORE~
Eve of Seduction
Serpent's Kiss
Set the World on Fire (The Lie of Lies)






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Fotografia: José Ferreira
Texto: André Vieira
Agradecimentos: Prime Artists
Banda: Symphony X
Local: Hard Club, Porto
Data: 15 de Outubro de 2011

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