[DIVULGAÇÃO DE BANDAS]: No Tribe



A Tribo da Luz apresenta este mês mais uma banda e juntámos à entrevista um Quizz de respostas rápidas, para dar a conhecer outros pormenores que as bandas normalmente não referem nas entrevistas.

Os No Tribe fugiram ao legado das tribos urbanas, e criaram a sua própria tribo.
Consideram-se uma fusão de diferentes influências musicais, e dizem estar mais maduros na actualidade do que no início da sua carreira, há cerca de 10 anos.
A pensar em gravar um novo álbum, a banda afirma ter a presença necessária para os grandes palcos dos festivais de verão no entanto afirmam que o mercado nacional está longe de projectos como os deles.

A Tribo da Luz veio conhecê-los, e ficou a conhecer mais sobre a banda!

No Tribe:
Pedro Isidoro - Vocals
Tiago Roxo - Guitarra
Ricardo Dourado - Guitarra
Rui Zargo - Bateria e Back Vocals
David Pais - Baixo e Back Vocals

QUIZZ

Tribo da Luz - Qual é a maior banda de sempre?
No Tribe - Para responder a esta tínhamos que andar à pancada três dias e no fim daríamos 5 respostas diferentes. Este é um tema onde discordamos todos muitíssimo.

Tribo da Luz - O que gostariam de ter/fazer, neste exacto momento? E porquê?
No Tribe - Ter disponibilidade para passarmos 15 dias seguidos juntos, numa casa no meio do nada, a tocar e compor de forma ininterrupta. Infelizmente todos temos situações profissionais e pessoais complicadas que não o permitem. Vamo-lo fazendo no estúdio durante a semana, sempre que as agendas o permitem… e tem resultado.

TL - Numa frase, descrevam-nos o Mercado de Música Nacional.
No Tribe - Distante de projectos como o nosso… duro, frio e ausente. Devemos ter-lhe tramado a vida numa outra encarnação.

TL - Um músico que gostavam de lhe tocar na pele.
No Tribe - Tocar na pele, mesmo... Talvez a Katy Perry.

TL - No vosso festival, no cartaz não pode faltar...
No Tribe - Cerveja!

TL - Os No Tribe, numa palavra.
No Tribe - MONSTER!



ENTREVISTA

TL - Como surgem os No Tribe no panorama musical português?
No Tribe – Os No Tribe surgem de uma necessidade que os membros fundadores tiveram de fazer um projecto que não tivesse restrições a clã, ideologias ou outros clichés das tribos urbanas e é esse espírito que nos acompanha e que acaba por se reflectir no nosso processo de criação.
Nos primeiros anos o projecto esteve muito limitado ao metal e ao experimentalismo de sonoridades tribais mas nos últimos 2 anos sentimos a necessidade de produzir uma sonoridade mais visceral, mais imediata e directa. A verdade é que o nosso som sempre foi e continua a ser baseado em sonoridades mais pesadas, talvez porque é aí que todos nós nos encontramos a nível de referência. Para quem ouvir o som com atenção encontra outras coisas misturadas pelo meio. Colocamos bastante intensidade no que tocamos e fazemo-lo da mesma forma para 20 ou 2000 pessoas.


TL - Qual o porquê do nome, No Tribe?
No Tribe - O nome No Tribe surge da mente de dois amigos que não se identificavam com nenhuma tribo urbana, numa altura em que, o país e as noites de Lisboa em particular, se encontravam bastante segmentadas pelas ditas tribos.
Apesar de nenhum de nós fazer parte da formação original, seguimos o legado ideológico dos fundadores e fazemo-lo utilizando as nossas experiências pessoais sempre de mente aberta a novos caminhos e sonoridades. Consideramos que os No Tribe são de todos e para todos, nós apenas lhe damos um rumo.


TL - Consideram-se um ‘melting pot’ de influências musicais. De onde é que elas vêm? (Revelem à Tribo as vossas maiores referências, em nome individual)
No Tribe – Nunca nos sentámos a conversar sobre a que No Tribe deveria soar, não conseguimos afirmar quais são as nossas influências na música que fazemos… é o que ouvimos em casa, no carro, no trabalho, os concertos a que vamos. Temos uma atitude rock e o som cheira a metal, mas lá no meio está tudo o que somos.
Segue uma tentativa de classificar o que mais toca a cada um de nós:
Tiago Roxo - Tool e Katatonia.
Ricardo Dourado – Opeth e QOSTA.
David Pais – Korn e Dream Theater.
Pedro Isidoro – Pearl Jam e Faith No More.
Rui Zargo – Nirvana e Black Sabbath.


TL - Vocês já contam com mais de 10 anos de existência. Como vêem o caminho percorrido até hoje?
No Tribe - Apesar de parecer um caminho longo, a verdade é que só recentemente a banda começou a ganhar alguma estabilidade e a trabalhar de forma a atingir alguns objectivos. Como já dissemos, a banda começou com um espírito de abertura a várias influências como as sonoridades tribais e todo um experimentalismo que levou os No Tribe, a certa altura, a ter 8 elementos. A banda chegou a gravar uma demo em 2006 pelos próprios meios onde se tentou reproduzir o melhor do trabalho feito até à altura, no entanto fruto de alguma imaturidade o resultado não conseguiu espelhar a ambição projectada.
Há cerca de 2 anos, escrevemos um novo capítulo na nossa história quando decidimos abordar o projecto com maior profissionalismo. Podemos dizer que, apesar de não esquecermos o nosso passado, foi um começar de novo, decididamente um virar de página. Começamos tudo do início, já tínhamos muitas músicas construídas mas decidimos fazer um reset à máquina.
Desde então, estamos bastante satisfeitos com trabalho que desenvolvemos: a gravação do EP ‘Primordial’, os vários concertos por todo o país, a gravação do videoclip ‘Monster’ e a sua difusão no Curto Circuito da Sic Radical.
O nosso caminho é menos pretensioso do que era no passado, não queremos mudar o mundo, ou ter o desejo de fazer algo que revolucione o mercado da música. A nossa única preocupação é em tocar, compor música com atitude, tocar ao vivo e acima de tudo divertirmo-nos muito. Não escondemos que como todas as bandas temos o sonho de que o projecto possa ter grande aceitação e que nos permita viver disto… também temos a noção que isso seria uma espécie de lotaria pouco provável… mas não vamos deixar de comprar cautelas todas as semanas.


TL - O resultado do EP ‘Primordial’, chegou após a consolidação da formação da banda. Já tinham algum avanço para o EP antes dessa estabilidade, ou surgiu tudo depois dessa estabilização?
No Tribe – Começamos a compor assim que decidimos que a banda merecia mais do que tinha atingido com a formação anterior. Com a saída do nosso antigo baterista, começamos um processo de liberdade criativa que nos conduziu a paragens completamente novas. Nessa altura tínhamos apenas voz e guitarras, mas isso nunca nos limitou, as ideias começaram a jorrar e sentimos a urgência de angariar um baterista. A entrada do Rui para a banda contribuiu para conseguirmos dar corpo a todos os riffs e musicas que já tínhamos. Depois foi só arranjar o baixista e avançar para estúdio para gravar o EP.
Estamos muito confortáveis com a actual formação. Não somos os melhores músicos do mundo, nem o queremos ser. A nossa dinâmica neste momento é muito centrada em processos emotivos… no final do dia, por mais voltas que se dê, a finalidade última dos processos artísticos é provocarem emoções. Sentimos a nossa música de forma muito intensa. Temos tido algumas provas que as outras pessoas também o sentem, especialmente nos concertos… e esse é o melhor feedback que podemos ter.


TL - Esse vosso EP foi produzido pelo músico Makoto Yagyu, no Blacksheep Studios. Como surgiu essa oportunidade?
No Tribe – A referência do Blacksheep Studios, surgiu por um amigo comum de outra banda que trabalha há muito com o Makoto. Reconhecíamos nos trabalhos produzidos neste estúdio uma dinâmica muito própria que não estava conotada com o metal e era isso que andávamos à procura, de alguém que nos pudesse ajudar em primeiro lugar a gravar e produzir um trabalho com qualidade, mas também que trouxesse algo de novo ao nosso som.


TL - O processo de gravação, correu bem?
No Tribe – O processo de gravação foi uma grande festa. Não tivemos pressões de qualquer espécie. Tínhamos 5 temas para gravar e tempo suficiente para o fazer, o que nos deu total liberdade para gravar tudo com calma, trabalhar em algumas ideias de última hora, produzir o material com a participação de todos e ainda fazer umas petiscadas pelo meio.
Nós estamos na música por gosto e prazer, logo não nos faz sentido stressar e transformar um momento como a gravação do nosso material numa experiência menos do que fantástica.
Existe um vídeo no youtube com algumas imagens do processo de gravação EP para quem tiver curiosidade de ter um vislumbre do que aconteceu por lá.


TL - Falando agora na estrada, que concerto vos marcou mais e porquê?
No Tribe - Para nós todos os concertos são especiais. Tivemos concertos com poucas pessoas, mas nunca demos menos de nós por isso, mesmo quando tivemos apenas 20 pessoas a assistir…
O ano que passou foi importante neste capítulo, tivemos a possibilidade de fazer muitos concertos. O que nos ajudou a ganhar entrosamento e experiência enquanto colectivo, estamos bem melhor agora.
Talvez os concertos que mais nos marcaram foram os dois concertos no Transmission em Lisboa. Foram concertos interessantes porque foram feitos exactamente com um ano de intervalo e se o primeiro foi representou a nossa primeira actuação com esta formação, o segundo foi o corolário porque tivemos casa cheia e muito animada, quem lá esteve sabe do que estamos a falar.


TL - Quais são os vossos planos para o futuro? Para quando é que teremos novidades dos No Tribe?
No Tribe – Estamos neste momento a pensar gravar um novo trabalho. As músicas que temos feito depois da gravação do Primordial, assumiram um caminho novo, são mais rock, às vezes com aproximam-se de uma atitude stoner e gostávamos de mostrar isso a todos os que quiserem ouvir.
Como dissemos, no ano passado fizemos muitos concertos, mas não conseguimos ir a nenhum festival de verão. Aí está uma coisa que gostávamos de ver acontecer este ano, seria uma oportunidade fantástica para nos dar a conhecer a mais pessoas. Modéstia à parte acho que conseguiríamos arrancar algumas pessoas do chão e meter umas quantas cabeças a abanar.


TL - Têm alguma história curiosa, divertida e inédita que vos tenha acontecido? Partilhem com a Tribo da Luz.
No Tribe – Andar na estrada é como ir a Las Vegas… O que acontece na estrada, fica na estrada.


TL - Deixem uma mensagem aos vossos fãs e leitores da Tribo da Luz.
No Tribe – Passem pelo nosso site e/ou myspace e ouçam as malhas, mas acima de tudo estejam atentos e passem por um concerto de No Tribe. É em palco que nos superamos e nos damos de forma mais incondicional.





Myspace Oficial da Banda
Facebook Oficial da Banda

2 comentários:

AMARGORA! disse...

Só tenho a dizer uma coisa: o MONSTRO continua à solta!
:)

Dai-lhe com alma, sempre.. No Tribe ;)

Anónimo disse...

NO TRIBE ALL THE WAAAY

Enviar um comentário