Sum 41 | Coliseu Lisboa | 17 Fevereiro 2011



Um Coliseu praticamente lotado, foi assim que o vimos na passada quinta-feira para receber os canadianos Sum 41.
Passavam apenas cinco minutos das dez da noite quando se ouviram os primeiros acordes vindo por detrás do palco. Um público eufórico manifestou-se rapidamente gritando e abanando os braços para dar as boas vindas a esta banda que conta com 15 anos de carreira.
Um misto de luzes do palco com luzes de máquinas fotográficas e estava tudo a postos para um concerto já há muito ansiado, depois do seu cancelamento no Rock in Rio 2010.
Quatro minutos depois, o quarteto entrou em palco, e os gritos do início triplicaram, os corpos movimentaram-se ainda com mais energia de um lado para o outro e o som começou a soar mais forte.

Com uma energia contagiante, os Sum 41 abriram o concerto com My Direction, seguindo-se de Skumfuk. A noite prometia e entre pedidos de palmas, Deryck Whibley não parou por um segundo, sempre muito comunicativo com o público. Do lado de cá, uma enorme roda de mosh-pit se fazia no centro da sala. No terceiro tema We’re All to Blame já se viam sapatos no ar, que “amavelmente” saiam dos pés daqueles que participavam activamente no mosh. No final deste tema, Deryck pergunta ao público quem estaria interessado em assistir ao concerto a partir do palco e a loucura reinou naquela sala. Braços no ar, pulos, gritos, tudo servia para chamar a atenção para ser o escolhido. “Estão prontos?”, foi assim que deram início a mais um tema, Walking Disaster do álbum Underclass Hero de 2007.
No meio do alinhamento ainda podemos ouvir Rebel Yell, tema de Billy Idol, dando lugar a uma grande interacção ora com o lado esquerdo da sala, ora com o lado direito.

Presentearam ainda o público português com o novo tema Screaming Bloody Murder que dará nome ao mais recente projecto que sairá ainda este ano.
Mais um “Quem quer vir para o palco?”, deixando a cargo de Cone (baixista) a escolha dos fãs felizardos. Tanto no lado direito como no lado esquerdo do palco tínhamos fãs aos pulos, loucos pela oportunidade que lhes foi concedida, segurando uma bandeira de Portugal, sempre típica em todos os concertos - e dali não saíram até à saída da banda do palco.
“Qual a banda de metal que querem que Tom toque?”, foi assim que começou um dos momentos mais inesperados, mas muito apreciado. Do público ouviam-se nomes de bandas metal, e do palco começaram a soar na guitarra de Tom Thacker algumas partes de temas de Iron Maiden, Judas Priest, Ozzy Osbourne, Van Halen. “Fucking good! Quem aqui gosta de Metallica?” e assim começaram a tocar algumas partes da Master of Puppets e Enter Sandman dos Metallica – a banda metal favorita do quarteto. Depois de um “Divertiram-se com Metallica?” tocaram aquela que intitularam como “o metal dos Sum 41”, Mr. Amsterdam seguida de Underclass Hero. No final desta, Deryck pediu luz para o público, para poder ver a plateia que tão bem os estava a acolher, sempre com tanta energia quanto a banda, que apesar de já não serem adolescentes, mostraram que a idade não os impede de nada e que o punk rock dos Sum 41 ainda está para durar.
“Gostam de cantar? Esta é para os nossos fãs mais antigos, chama-se ‘Makes no Difference’”, do album All Killer no Filler de 2001. Still Waiting e In Too Deep foram o auge, dando lugar a uma vénia de agradecimento e à saída do quarteto do palco.

Sum 41!”- gritavam os fãs - juntamente com o barulho causado pelos pés do público, foi um pedido de “voltem, estamos prontos para mais uma hora”. Em tom de brincadeira, ainda sem estar em palco, Deryck tocou alguns acordes e o público respondia sempre que o som da guitarra parava. E assim estiveram três minutos, até entrarem de novo em palco para um encore de três músicas. “Estamos de volta” – para tocar Pieces que foi embalado pelas luzes de telemóveis e isqueiros, que andavam de um lado para o outro acompanhando a melodia.
A próxima Fat Lip deu lugar a um Coliseu entusiástico que começou todo aos pulos depois de um “Todos a Saltar!” pedido mais uma vez pelo vocalista.
Pain For Pleasure na voz de Stevo-32 que deu o seu lugar da bateria a Deryck, fez o fecho da noite. Uma voz potente, meteu todo o Coliseu a cantar, acabando da melhor maneira esta noite de punk rock com um cheirinho a metal.
Depois de oito anos após a sua vinda a Portugal no Festival Paredes de Coura, os Sum 41 deixam o nosso país após tocarem no próximo dia 19 no Hard Club no Porto, com o desejo que não sejam necessários mais oito anos para voltarem a pisar palcos portugueses.

Alinhamento:
My Direction
Skumfuk
We're all to Blame
Walking Disaster
Over My Head (Better Off Dead)
Rebel Yell – música de Billy Idol
Screaming Bloody Murder
Motivation
The Hell Song
Metal Mayhem - músicas de: Iron Maiden, Judas Priest, Ozzy Osbourne, Van Halen, Metallica (Master of Puppets e Enter Sandman)
Mr. Amsterdam
Underclass Hero
Makes no Difference
Still Waiting
In Too Deep
~Encore~
Pieces
Fat Lip
Pain For Pleasure


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Fotos: José Reboca
Texto: Cátia Santos
Agradecimentos: Everything is New
Banda: Sum 41
Local: Coliseu Lisboa, Lisboa
Data: 17 de Fevereiro de 2011
Site Oficial da Banda: www.sum41.com

1 comentários:

Anónimo disse...

Grandes fotos, grande banda, grande concerto.

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