Os conceituados Thee Orakle estão a preparar o seu 2º albúm.
A banda já conta com alguns anos de estrada, e antes de partirem para Braga, gravar o seguidor de Metaphortime, falámos com eles.
A Tribo da Luz não quis ficar de fora das novidades, e foi saber mais sobre a banda, o seu percurso e a gravação do novo disco.
Thee Orakle
Pedro Silva - Voz
Micaela Cardoso - Voz
Luís Ricardo – Teclas
Fred Lopes – Bateria
Ricardo Pinheiro – Guitarra
Daniel Almeida - Baixo
Tribo da Luz - Os Thee Orakle começaram em meados de 2004/2005, como foram os vossos primeiros passos na música?
Micaela - Os primeiros passos da banda foram, sem sombra de dúvida, passos pequenos e conscientes, por sermos totalmente desconhecidos.
A banda lutou para conseguir visualização, tendo portanto de tocar ao vivo o máximo possível e o mais geograficamente disperso pelo país. No entanto logo no primeiro concerto da banda, no concurso de bandas RockNordeste, em Vila Real, a banda consegue arrancar um terceiro lugar na classificação final, e angaria um prémio monetário que vai ajudar futuramente no pagamento da gravação da nossa primeira demo, gravada em 2005. Queríamos enviar para variados media e salas de espectáculo, a fim de conseguir mais actuações ao vivo. É claro que as dificuldades foram bastantes e foi uma luta renhida para conseguir um “estatuto”.
TL - Quais são as vossas principais referências musicais?
Micaela - Esta é uma questão difícil de responder… Somos muitos e temos gostos musicais muito diferentes. De qualquer das formas ouvimos algumas bandas em comum, como por exemplo, Opeth, Ensalved, Paradise Lost, Orphaned Land, The Project Hate, entre outras.
Mas eu por exemplo, eu oiço muito Fado, outros ouvem muito Jazz, alguns música erudita, por vezes toda a gente gosta de ouvir algo mais comercial só para estar a conversar com os amigos…
Portanto, não temos referências musicais, mas sim bandas que todos apreciamos, de certa forma, em conjunto.
TL - Ao longo do vosso percurso, e com pouco tempo de existência conquistaram mercados além fronteiras.
Como conseguiram ter esse contacto com o meio internacional?
Micaela - Para poder alcançar mais e mais mercado, ou se tem uma editora que trabalha pela banda e que nos coloca nos locais mais visíveis; ou então a banda tem que lutar e alcançar sozinha aos poucos os objectivos que possa ter.
Já fomos tocar a Espanha 3 vezes, e tudo se desenvolveu através de contactos que fomos conseguindo, amigos e pessoas que são sérias no que fazem e no que garantem. Foram experiências muito boas e ainda nos recordamos dos fãs que conseguimos arranjar do outro lado da fronteira!
Tocamos com bandas muito boas como Klanghor, In.verno, entre outras.
TL - Consideram que a indústria musical lá fora acarinha com mais facilidade projectos de Metal, quando comparada à indústria musical portuguesa?
Micaela - Com as experiências que tivemos, podemos garantir que pelo menos o público, perante um concerto nosso, vibrou e reagiu muito melhor, mesmo conhecendo mal as músicas, do que em muitos concertos em Portugal onde esperávamos um público mais entusiasta.
As vendas de merchandising foram sempre mais elevadas em território espanhol, excepto um concerto ou outro cá. Portanto se isto equivale a um carinho ‘mais fácil’ lá fora, foi isso mesmo que aconteceu!
TL - Em 2009 lançam o vosso primeiro álbum - Metaphortime, onde apresentam uma espécie de história, onde cada música é um capítulo. Como surgiu a ideia?
Micaela - A ideia surgiu em conversa entre mim e o Pedro.
A estória foi criada por mim, mas dividimo-la por capítulos, para que as letras tivessem intensidades e cunhos diferentes consoante a mensagem que transmitiam.
Sempre me fascinou o mundo da Alquimia, e o principal âmago dessa ciência, a Vida Eterna e o Homunculus… Sou uma apaixonada por esses assuntos. Ou seja, foi um prazer criar esta estória e toda a sua envolvência para completar a parte musical, fantástica, na minha opinião, que enriquece todo o Metaphortime.
TL - O Metaphortime conta com algumas participações. Entre elas, está Yossi Sassi. Como foi trabalhar com ele?
Micaela - Antes de mais quero novamente referir as participações que tivemos no álbum Metaphortime: Tatiana Campos, Hugo Santos, Pedro Mendes, Daniel Cardoso e Yossi Sassi! E acreditem que foi uma experiência única trabalhar com cada um deles, à sua maneira.
Com o Yossi foi uma experiência claramente diferente por ele ser de um país longínquo e por não termos condições de o ter fisicamente connosco aquando da sua gravação.
De qualquer forma o Yossi é um excelente ser humano, percebe perfeitamente a nossa situação porque também já passou pelo mesmo com os Orphaned Land, e como tem agora um estúdio em casa foi fácil para ele gravar em enviar-nos os ficheiros.
Falamos imenso antes, durante, e depois da edição do álbum e com isso surgiu a hipótese de abrir o concerto deles em Lisboa, no Verão passado e a hipótese de tocar ao vivo com ele a Alchemy Awake, a música em que o Yossi participou.
Era um sonho que se tornou realidade! O Yossi acredita no nosso valor musical, os Thee Orakle foram elogiados por ele e pelo resto da banda imensas vezes já.
No próximo álbum vamos também ter colaborações de peso, nacionais e internacionais, e estas serão divulgadas em breve!
TL- Actualmente, estão em pré-produção para aquele que será o vosso segundo álbum. Como está a correr todo o processo?
Micaela - Está tudo a correr pelo melhor, dentro das dificuldades que sempre se vão encontrando.
Estamos mesmo a terminar e a preparar o saco da viagem para ir para Braga gravar finalmente tudo!
TL - Revelem-nos quais são os vossos maiores sonhos, aquilo que pretendem alcançar enquanto banda, a curto e a longo prazo?
Micaela - A curto prazo, e normalmente esses planos são os mais importantes para nós, pretendemos editar o segundo álbum, conseguir o melhor contrato possível (nacional ou não), com uma editora do ramo que nos ajude a divulgar o nosso trabalho.
Depois pretendemos conseguir o mesmo número de concertos a que estamos habituados, para divulgar o novo álbum em que estamos a trabalhar, e sobre o qual ainda não podemos divulgar mais nenhum pormenor, para já!
A longo prazo, temos muitos sonhos, mas se a curto/médio prazo tudo se realizar, todas as vontades e desejos futuros serão realizados!
TL - Estamos a chegar ao fim, aproveitem e deixem um recado aos vossos fãs e aos leitores da Tribo da Luz.
Micaela - Obrigada em nome da banda por esta oportunidade para poder divulgar um pouco da nossa história aos leitores da Tribo da Luz.
Aos nossos fãs, espero que nos sigam futuramente, porque em breve teremos boas novidades! Leiam frequentemente a Tribo da Luz já que esta equipa pretende estar sempre actualizada e manter a qualidade de sempre!
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