[REPORTAGEM]: Super Bock Super Rock (3º Dia) | Herdade do Cabeço da Flauta | 16 Julho 2011



Chegamos assim ao último dia do festival Super Bock Super Rock, há quem já tenha arrumado as tendas para partir rumo à estrada ainda esta noite mas nós fomos até ao recinto na esperança de apanhar o teste de som dos The Strokes, escusado seja dizer, que não tivemos muita sorte e ficamo-nos pela famosa largada de corrida para a grade.

Muitos eram os fãs impacientes que aguardavam que os seguranças retirassem as grades para poderem correr para a primeira fila, já em posição de largada, mal a barreira foi retirada instalou-se a loucura, era como ver uma “corrida de cavalos”, os seguranças faziam apostas para ver quem chegaria primeiro.
Depois de se acalmarem os ânimos e de esperarem ainda algumas horas começou a primeira actuação da noite.

Os X-Wife, como eles mesmo disseram, vieram fazer o aquecimento para os The Strokes. E que aquecimento foi esse, a "onda" electrónica fez o público inteiro saltar.
Os X-Wife para além do famoso single On The Radio e Fireworks apresentaram canções do álbum mais recente Infectious Affectional destacando a balada Across the Water e I Live Abroad.

Às 20:15 foi hora de Brandon Flowers, que infelizmente não nos foi possível fotografar, tendo este o seu próprio fotógrafo de serviço.
O público feminino (e não só) estava em delírio quando Brandon Flowers pisou o palco apresentando-se sozinho, sem os The Killers, mas sem deixar de tocar músicas da sua banda, Read My Mind e fechando o espectáculo com uma versão alternativa a Mr. Brightside, com quem o público parecia mais familiarizado. Do seu álbum a solo trouxe-nos Crossfire, Magdalena, entre outras.
Foi um concerto com muita energia que acalmou quando os Elbow começaram.

Quando os Elbow entraram em palco não pareciam ser muitos aqueles que conheciam o seu trabalho, o que tornou a tarefa de Guy Garvey um pouco mais difícil, mas não impossível. Basta dizer que este senhor é um "animal de palco", cativando todo o público que não demorou muito a se chegar junto ao palco e a aderir à cantoria.
Nos seus esforços para incentivar o público mandava-nos abanar os braços, cantar e assobiar, claro que ninguém pode dizer que não a uma boa cantoria, até os parabéns se cantaram ao baixista Pete Turner, que verdade seja dita, não irá esquecer-se deste momento por muito tempo.
A lua surgia por detrás do palco criando toda uma atmosfera mística e calhava mesmo bem aos Elbow.
Do último álbum Build a Rocket, Boys! tocaram Seldom Seen Kid e o single Lippy Kids e como não poderia faltar One Day Like This.

Quando as t-shirts de Guns n'Roses invadiram o palco principal, só poderia ser pelo Slash. O ex-guitarrista de Guns voltou a Portugal e trouxe consigo os seus famosos solos de guitarra.
Com Myles Kennedy dos Alter Bridge na voz, Slash tocou temas variados desde Ghost do seu álbum a solo a Mean Bone de Slash’s Snakepit e claro, como não poderia deixar de ser os clássicos de Guns n'Roses, abrindo com Night Train, fechando com Paradise City e claro, Sweet Child of Mine que se ouviu por todo o recinto sem deixar escapar a parte do solo.
Para aqueles que nunca tiveram a oportunidade de ver Axl e Slash juntos foi uma óptima oportunidade para reviver temas do passado.
O concerto de Slash acabou por durar apenas uma hora, deixando alguns fãs a desejar mais.

Depois de uma longa pausa sentia-se a inquietação no ar, as pessoas estavam nervosas para ver os cabeças de cartaz The Strokes e o seu aguardado regresso a Portugal.
Assim que Julian pisou o palco, com o seu casaco de cabedal e óculos de sol e os The Strokes começaram a tocar New York City Cops foi como se o recinto implodisse, era sem sombra de dúvidas a banda mais esperada da noite.
Julian ao início parecia meio “perdido” e mais bem disposto que o habitual, não sabia que música vinha a seguir e distraia-se com facilidade a olhar para os cartazes do público, mas nada que influenciasse a sua performance.
As músicas antigas, Reptilia, Juicebox, Hard to Explain e Take It Or Leave It acabaram por fazer mais furor entre o público que até as partes de guitarra cantava.
Nikolai Fraiture usou, orgulhosamente, a bandeira de Portugal género capa, intitulando-se de como o novo super herói, Portugalman.
Do último álbum, Angles, incluíram o single Under Cover of Darkness, Machu Picchu entre outros havendo ainda tempo para um improviso iniciado pelo público entusiasmado que batia palmas sem parar levando, como o Julian disse, a uma noite de estreias. Nós no público agradecemos.
Infelizmente, mais uma vez o tempo passa a correr e acabou o último concerto do palco principal do festival Super Bock Super Rock, a banda saiu de palco sem dizer uma palavra e não houve encore.
Difícil será dizer qual o melhor espectáculo deste festival, ficamos indecisos entre os Arcade Fire e os The Strokes, como diz o povo, "venha o diabo e escolha".


Actuações 15 Julho 2011
PALCO SUPER BOCK
The Strokes
Slash
Brandon Flowers
Elbow
X-Wife

PALCO EDP
Ian Brown
The Vaccines
Junip
PAUS

PALCO @MECO
Ricardo Villalobos
Guillaume & The Coutu Dumonts
Sascha Dive
Zé Salvador & João Maria
Kaesar e Henriq

REPORTAGEM SUPER BOCK SUPER ROCK 2011:
1º Dia (14 Julho 2011)
2º Dia (15 Julho 2011)
3º Dia (16 Julho 2011)

FESTIVALEIROS



PALCO SUPER BOCK



PALCO EDP



Voltar ao início


Fotos: Carlos Melim
Texto: Mafalda Melim
Agradecimentos: Música no Coração
Festival: www.superbocksuperrock.net
Local: Herdade do Cabeço da Flauta, Meco
Data: 16 Julho 2011 (3º dia do festival)

0 comentários:

Enviar um comentário