Cerca de 30 mil pessoas fizeram questão de passar pelo Med em 4 dias de festival. Um número bem elucidativo da forte afluência de público e que já vai sendo uma característica deste evento. À semelhança de edições anteriores o cartaz da 8ª edição esteve repleto de nomes sonantes do panorama da world music. Grupos musicais como Jaadu, Muchachito Bombo Infierno, Seun Kuti & Egypt 80, Magnifico, George Clinton & Parliament/Funkadelic, DakhaBrakha, Balkan Brass Battle, Mulatu Astatke e Afrocubism contribuíram para o sucesso de mais uma edição do Festival Med.
Mas não foram só os grupos internacionais a ocupar um lugar de destaque. Bandas como Sean Riley & The Slowriders, Márcia, Os Golpes, Luísa Sobral, Noiserv, Pinto Ferreira, Frankie Chavez, entre outros, mostraram o que de melhor se faz por cá.
O arranque para a recta final da edição de 2011 ficou a cargo de Carla Pontes e Jeferson Mello com um recital de canto e piano no interior da Igreja Matriz. Logo ali ao lado era a vez de um artista da terra subir ao palco Arco: César Matoso uma jovem promessa do Fado que demonstra já um enorme à-vontade em palco. A sua actuação pautou-se por um registo intimista e de proximidade com o público.
Frankie Chavez levou até ao recinto do palco Castelo uma verdadeira enchente que não quis perder a actuação do one man band português. Num espectáculo que serviu de apresentação do seu EP de estreia, o músico fez-se acompanhar de várias guitarras com diferentes afinações, de uma bateria improvisada e de vários pedais de efeitos.
A arrancar quase em simultâneo, distando apenas 15 minutos do inicio da actuação de Frankie Chavez, Márcia pisou o palco Cerca para apresentar o seu mais recente trabalho Dá, num concerto intimísta e onde mostrou uma grande cumplicidade com o resto da banda.
A noite ia a meio e o grupo Balkan Brass Batle apresenta um duelo de metais balcânicos na luta pelo título de melhor Balkan Brass num espectáculo com grande audiência que dançou ao ritmo frenético deste numeroso grupo composto por romenos e sérvios. A irreverência da banda faz-se sentir durante a interpretação de Born To Be Wild e do tema de James Bond em versão balcânica.
No palco Castelo o concerto dos portugueses Pinto Ferreira não beneficiou do alinhamento deste último dia de festival, com o público a encher o recinto do palco Matriz onde actuavam os Balkan Brass Batle, e com muitos a dirigirem-se já para o palco Cerca onde iria actuar o mestre da Jazz etíope Mulatu Astatke. Mesmo assim e resistindo às adversidades, os Pinto Ferreira deram um bom espectáculo.
Mulatu Astatke o etíope fundador do estilo ethio-jazz levou o recinto do palco Cerca a embarcar numa viagem pelo relaxante ambiente de sons do Jazz etíope.
No fecho da 8ª edição do Festival teve lugar um encontro de Havana com a república do Mali.
Afrocubism o projecto vencedor do prémio para a melhor colaboração inter-cultural atribuído pela prestigiada revista britânica Songlines trouxe ao Med os ritmos quentes da música Afro-Cubana, e foi a dançar pela noite dentro que Loulé se despediu de mais uma edição de Festival Med.
Actuações - 25 de Junho de 2011
Carla Pontes e Jeferson Mello - Portugal
César Matoso - Portugal
In Tento Trio - Portugal
Frankie Chavez - Portugal
Márcia - Portugal
BALKAN BRASS BATTLE - Roménia/Sérvia
Pinto Ferreira - Portugal
Mulatu Astatke - Etiópia
Tâmara - Portugal
Original Electro Groove - Portugal
AFROCUBISM - Mali/Cuba
FunkyGrooveBoys - Portugal
REPORTAGEM MED 2011:
1º Dia (22 de Junho)
2º Dia (23 de Junho)
3º Dia (24 de Junho)
4º Dia (25 de Junho)
Fotos: Andreia Lopes
Texto: Juvenal Cruz
Agradecimentos: Câmara Municipal de Loulé
Festival: MED 2011
Local: Loulé, Algarve
Data: 25 Junho de 2011 (4º dia do festival)
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