A relação de Portugal com os The National começou há seis anos, em Paredes de Coura. Ninguém sabia quem eram, mas mesmo conseguiram que as poucas pessoas em frente ao palco ficassem vidradas e os apelidassem de um dos melhores concertos desse festival.
Daí para a frente a relação evoluiu para uma espécie de paixão assolapada e quase inexplicável que teve o seu momento mais alto na noite de Terça-feira, num Campo Pequeno quase esgotado e muito abafado (só na rua estavam seguramente 25 graus).
As ovações começaram ainda antes da música começar. O vocalista Matt Berninger sorriu timidamente e agarrou-se ao microfone na sua pose desleixada mas robusta para dar início a quase duas horas de concerto.
High Violet, o mais recente álbum de originais, e Boxer, o anterior, dominaram a actuação, mas a espaços a banda presenteava-nos com temas de Alligator, sempre com uma simpatia e humildade que contrastavam com a voracidade das canções. Não só se fartaram de elogiar a plateia como a sala e até a cidade.
Fake Empire, Mr. November, Conversation 16, Bloodbuzz Ohio ou Terrible Love foram apenas alguns dos momentos altos num concerto que teve poucos ou nenhuns momentos baixos e que terminou de uma forma inesquecível ao som de Vanderlyle Crybaby Geeks sem microfones na voz e nos instrumentos. Só com a banda a cantar em esforço para se ouvir ao longe e com o público a acompanhar.
Foi exactamente quando pensámos que já nada nos iria surpreender, que fomos mais surpreendidos.
Alinhamento:
Start a War
Anyone's Ghost
Secret Meeting
Bloodbuzz Ohio
Slow Show
Squalor Victoria
Afraid Of Everyone
Little Faith
Abel
All The Wine
Sorrow
Apartment Story
Conversation 16
Lucky You
England
Fake Empire
~ENCORE I~
Friend of Mine
Mr. November
Terrible Love
~ENCORE II~
About Today
Vanderlyle Crybaby Geeks
Fotos: Hugo Amaral
Texto: Ana Baptista
Agradecimentos: Música no Coração
Banda: The National
Local: Campo Pequeno, Lisboa
Data: 24 Maio de 2011
Site Oficial da Banda: www.americanmary.com
1 comentários:
Foi um grande concerto, arrepiante do princípio ao fim. Aliás, eles desde sempre nos habituaram ao melhor. Mas atrevo-me a dizer que desta vez escolheram o alinhamento de uma vida: estava lá tudo, não faltou absolutamente nada. :)
Enviar um comentário