Gogol Bordello | Campo Pequeno | 7 Março 2011



Mascarados ou não, o único requisito para esta noite no Campo Pequeno era o de irem com espírito de 'fiesta'. Antes da actuação de Gogol Bordello, os Che Sudaka abriram as hostes desta noite que prometia bastante animada.

O grupo constituído por seis elementos, vindos de Barcelona, abriram a noite com No Hay Impossibles. Muitos eram aqueles que ainda iam entrando no recinto, e assim que punham os pés na sala, o seu corpo dava sinais de vida, quase como se tivessem levado um choque. Todo o público respondeu aos apelos da banda, ora com saltos, ora com braços no ar. Ninguém ficou indiferente a este grupo que durante 30 minutos de concerto conseguiu prender o público lisboeta ao som das suas músicas ska, com um gostinho de punk e reggae.
Sempre bastante comunicativos, ora com uns “Boa noite Portugal. Boa noite Lisboa” ou com “Está todo o mundo feliz?”, foi em Sin Papeles que o público mais vibrou, depois de Kachafaz ter dedicado esta música a “Todos os emigrantes ilegais do mundo inteiro. Com papel ou sem papel, somos todos iguais”.
Foi com Amores-Trenecillo que se despediram, deixando toda a sala em clima eufórico, prontos para receber Gogol Bordello.

Estes que tinham concerto agendado para Novembro 2010, mas devido a uma greve geral tiveram que o adiar, entraram em palco com um atraso de 20 minutos, notados pelo público que se manifestou com alguns assobios.
Tudo passou assim que Sergey Ryabtsev entrou em palco com o seu violino e Eugene Hütz com um “Tudo bem?”, “Pu** que pariu! Olé!”.

Foi com uma Tribal Connection que o público, ainda quente do concerto de Che Sudaka, começou aos pulos, entrando no clima de festa.
O vocalista entrou no ambiente animado, tirando o casaco e mostrado a sua t-shirt do Brasil, onde actualmente reside. O concerto prosseguiu com Ultimate e Not a Crime. Mas foi em Wonderlust King e My Companjera que o público lisboeta mostrou toda a sua garra, cantando o refrão quase tão alto quanto o som que vinha da voz do próprio Hütz.

Serpentinas pelo ar, alguns disfarces a circular pelo recinto, os Gogol Bordello continuaram com a mesma energia, tendo referido que não podíamos esquecer que era altura de Carnaval e como tal, iriam cantar uma canção especial, uma “ligação entre Portugal/Brasil”. Soou um American Wedding com uma mistura de samba, que conseguiu animar ainda mais o público, que nesta altura já se mostrava mais morno, seguindo-se de Pala Tute, que foi a cereja em cima do bolo para que, os portugueses continuassem o clima de festa que se fazia sentir até então.

Ao fim de cerca de 15 músicas, a banda sai do palco, mas não durou muito a ser chamada por todos quanto estavam no Campo Pequeno. Um “Gogol Bordello” era gritado com mais energia, até a banda ter subido de novo ao palco para um encore de cinco músicas. No final, tivemos direito a ver de novo os Che Sudaka, que cantaram o último tema Mala Vida juntamente com os Gogol Bordello, com um Hütz coberto com a bandeira de Portugal.

Alinhamento:
Tribal Connection
Ultimate
Not a Crime
Wonderlust King
My Companjera
Last One Goes The Hope

Immigraniada (We Comin’ Rougher)
Break The Spell
Raise the Knowledge
When Universes Colide
American Wedding
Pala Tute
Start Wearing Purple
~ENCORE~
Mishto!
Sun Is On My Side
Sacred Darling
Alcohol
Mala Vida

CHE SUDAKA


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GOGOL BORDELLO


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Fotos: José Reboca
Texto: Cátia Santos
Agradecimentos: Everything is New
Banda: Gogol Bordello
Local: Campo Pequeno, Lisboa
Data: 7 Março 2011
Site Oficial da Banda: www.gogolbordello.com

1 comentários:

Bruno disse...

Boas fotografias e bom review.
Os dois concertos também foram bons, os Gogol não queriam ir embora :p

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