No passado dia 3 de Dezembro o Teatro Sá da Bandeira contou com a segunda edição do Festival Pop Deluxe, presenteando os portuenses com três concertos – Foge Foge Bandido, Jono McCleery e os Junip.
De volta às suas origens, Manel Cruz surgiu em palco para apresentar o seu projecto a solo – Foge Foge Bandido – trazendo as faixas dos seus discos Amor Dá-me Tesão/Não Fui Eu que Estraguei. Acompanhado por quatro multi-instrumentistas que “transpiravam” a sua energia até ao público conseguida através da segunda melodia “Borboleta”.
Quem viu o concerto do Bandido em Paredes de Coura, decerto que repara na diferença que Manel Cruz foi perfilhando através da sua posição em palco. Já nada o detém para ficar sentado, fazendo com que o olhar atento do espectador estabeleça uma comunicação com as suas diversas narrativas compostas pelo imaginário.
Após a cereja no topo do bolo, seguiram-se temas como “Estou Pronto”, “As Nossas Ideias” e “Acorda Mulher”.
O estremecer por parte da plateia devido à sala estar gelada atravessou até ao palco como uma forma de onda de calor actuando sobre Manel Cruz, cessando a primeira parte com a “Canção da Canção Triste”.
O barulho dos pés a bater no piso de madeira daquela sala de espectáculos, fez com que o Bandido viesse para um encore de apenas um minuto em que a única palavra pronunciada pelo megafone foi – “Inspiração”.
Alinhamento:
Canteiro
Borboleta
Não aldrabes
A Dor de Ter de Errar
Diz-me Se Aprovas
Noções
Estou Pronto
Um Tempo Sem Mentira
Uma Historinha
As Nossas Ideias
Canal Zero
Macaco
Acorda Mulher
A Cisma
Tu Não Tens de Mudar
Canção da Canção Triste
A hora da cinderela foi ocupada pela voz de Jono McCleery que nos presenteou com o seu novo álbum “Tomorrow”. O auditório permaneceu em silêncio e foi preenchido com o folk/soul trazido por aquela voz com uma calma imensa e ao mesmo tempo intensa.
O som da guitarra acústica, aqueles dedilhados que nos remetem a outro espaço. Deixam-nos respirar. Sem dúvida a parte mais espiritual, nomeadamente, com o tema “Classical Something”.
Acompanhado pelo ritmo da bateria e do contra-baixo, Jono McCleery, trouxe temas como “Tomorrow” e “She Moves”.
Existe um mistério cativante em Jono McCleery, talvez por não ser tão conhecido pelo público, não deixando que isso afectasse a sua performance que foi bastante confortável.
O palco do Teatro Sá da Bandeira foi preenchido por um dos concertos mais esperados da noite – Junip. O trio composto pelo mestre José González, Tobias Winterkorn e Elias Araya, encantou a plateia com o primeiro tema “Rope and Summit” seguido do “Black Refuge”.
A sonoridade perfeccionista e propositada pelos cinco instrumentistas que permaneceram no palco. A voz inconfundível de José González na música “Always”, uma das mais conhecidas pelo público, fez com que houvesse uma mistura de sussurros por parte dos ouvintes.
José González em tom de brincadeira falou acerca das temperaturas que se constatavam naquele local, prosseguindo com a “At The Doors”. O público para expressar a vontade de ver o encore envolveu-se novamente no ritmo do batuque no piso do auditório. Os músicos agradeceram pelo concerto que realizaram, terminando a noite com dois temas “Without You” e “In Every Direction”.
Alinhamento:
Rope and Summit
Black Refuge
To the grain
Howl
Sweet and Bitter
Tide -It’s Alright
Always
At The Doors
Far away
Without You
In Every Direction
FOGE FOGE BANDIDO
JONO McCLEERY
JUNIP
Fotos e texto: Carina Guilherme
Agradecimentos: Inha e Maria Luis
Bandas: Foge Foge Bandido | Jono McCleery | Junip
Local: Teatro Sá Bandeira, Porto
Data: 3 Dezembro 2010
Site Oficial: Foge Foge Bandido | Jono McCleery | Junip
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